Me Avise

Se perceber que estou louco,

Não deixe de me avisar,

Sei que sempre fui um pouco,

Mas louco não quero estar.

Se minhas palavras te ferem,

Me avise para elas, eu calar,

Se não, então vidas que seguem,

Mão Unidas almas a caminhar.

Me avise se o futuro for duro,

Se vida estiver cansativa,

Se o barco estiver com um furo,

Se a sorte se mostrar inativa.

Me avise se eu puder te avisar,

Se de minha ajuda for precisar,

Me ajude sem eu ter que implorar,

E me ajude as vezes a lhe ajudar.

Tantas vezes é difícil enxergar,

Os Avisos que vida nos dá,

Mesmo estando tudo a olhar,

Vivemos para la e para cá.

Então se eu estiver correndo,

E não perceber algo importante,

Me Perdoe, se sigo vivendo,

Me avise se estou sendo inconstante.

Avise se das flores eu não ver as cores,

Se do sol, eu não sentir o calor e a luz,

A mão amiga sempre alivia as dores,

Me avisem se eu me esconder no capuz.

16/07/2020

Vendem-se

O que será que eles vendem,

Quem são eles o que querem,

Tem muitos quem nem entendem,

E acham que direitos eles ferem.

Vendedores não vendem dores,

Comerciantes com seus produtos,

Tentam converter em amores,

Os seus objetos mais resolutos.

Trazem sonhos de consumo,

Lidam com anseios e cores,

Mostram de curas, ao fumo.

Trazem de espinhos a flores.

O que sera que eles vendem,

Talvez suas vidas sua vontade,

Seu sono enquanto lhes atendem,

Sua simpatia e até a amizade.

Comercializam o que trazem,

Seguindo o Visconde de Cairu,

Oferecem tudo o que sabem,

Afim de tornar a tudo "Azul".

Quem são eles o que querem,

O que querem pois oferecer,

Acertando mesmo que errem,

Sempre dispostos a atender.

Oferecendo de uma vez tudo,

Trazendo o de perto e os distantes,

Falando ate mesmo ao mudo,

Vendendo-se como Comerciantes.

16/07/2020

Louca Sanidade

Cada coisa em seu lugar,

O sonho o medo e o desejo,

Sonhe quem quiser sonhar,

Ou fique ouvindo sertanejo.

Casas, cores e contrastes,

Tudo posto em molduras,

A vida fixada em hastes,

Exposição de loucuras.

Ninguem sabem bem,

O que foi o que ou será,

Enquanto uns dizem amem,

Outros seguem a duvidar.

A sanidade enlouquece,

Quem tenta ela entender,

Foram tantos e se esquece,

A vida não da pra escrever.

Nas linhas tortas da vida,

Só Deus pra escrever reto,

O resto se perde. Oh querida!

Entre mansões, outros sem teto.

Sem segredo eis a verdade,

De perto nem o normal é normal.

O mundo vive na anormalidade,

Cobrando o retorno de algo fatal.

Como compreender ao juízo,

Se nem que ele fosse Finalidade,

Impossível é voltar ao paraíso,

Aqui se vive em loucas sanidades.

15/07/2020

Descobertas

Apesar de tanto querer,

Ter todas as respostas,

A gente tenta entender,

Mas acaba pelas encostas.

Quanta coisa desconhecida,

E quão pouco tempo se tem,

Pra compreender o que é a vida,

E entender tudo e de onde vem.

Descobrir o que é oculto,

As vezes traz mais questionar,

No mundo ninguém é culto,

A vida tem muito a ensinar.

As energias convergem,

Mudam e cumprem propósitos,

Mesmo que alguns invejem,

Nem tudo se guarda em depósitos.

Um mundo de tratos e distratos,

Injusto seria cobrar o que se foi,

O tempo seguem rumo dos fatos,

O destino só pode deixar um oi.

Lembranças servem de lição,

Entre provas e aprendizados,

Ouvir as vozes do coração,

Faz seres serem impulsionados.

Rumo ao futuro e suas regras,

Faça se a vontade celeste, então,

Jamais se atrasam as entregas,

Encomendadas a cada evolução.

15/07/2020