quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Onde?

Num Emaranhado de mundos, 
Vivemos entre Teoremas, 
Uns Fortes e mais profundos,
Outros perdidos em dilemas.

Romances, Paixões, Amores,
Desejos, planos, Profissões,
Alguns apostam em flores,
Outros em suas ilustrações.

Todo acorde, nos acorda,
Todo timbre, tem sua nota,
Até o silêncio as vezes discorda, 
Quando o assunto se entorta.

Rumos, versos, fios e postes,
Palavras soltas em construção, 
Fotos que ilustram os "Posts"
Prostrando ideias até ao chão.

Guerras árduas de um nada,
Tanta ideia joga se fora,
Gente querendo ao fio de espada,
Cortar até quem lhes adora.

Onde foi que a rua se fechou?
Dúvida incerta, sem um rumo,
Por que será que até ódio virou,
Nas rodas de Amigos um insumo.

Tanto sem lógica explicativa,
Nas cidades que não param,
Tantas "razões" paliativas,
Entre dúvidas que não se acabam.


27/09/2017


terça-feira, 12 de setembro de 2017

Feras


Há em cada ser, sentimentos,
Medos, tolerâncias e dor,
Coisas sob controle, momentos,
Revelados pelo ódio ou pelo amor.

Hibridas quimeras criadas,
Pela história, pela vida, por tudo,
Coisas que sobrevivem ávidas,
Outras que se escondem no mudo.

Desejos intrépidos retraídos,
Vontades que o tempo não permite,
Momentos que apagamos caídos,
Outros que nós que esperamos em levante.

Eis os mais doces delírios,
Que o poema esconde ao poeta,
Mesmo os donos dos lírios,
Não mudam o florescer na floresta.

A beleza domina e é submissa,
Desejamos seus sonhos satisfazer,
Nem sempre as flores tão omissas,
São palpáveis no momento do querer.

E se o ciúme não existisse,
Talvez fosse fácil longe estar,
Porém, se controla os ciúmes,
Para a poesia não se estragar.

Doces lábios, apenas um desejo,
Neste dia que o bem lhe cerque,
No fundo quero a ti e a seu beijo,
Contigo mais calma, a vida segue.

12/09/2017



segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Loucura


Pode parecer loucura,
Mas que louco saber, 
Que a loucura menos pura,
Ainda não pegou você.

Estávamos loucos,
Pela chegada desse dia,
Para refletir aos poucos,
Qual o peso da consciência.

O que acrescenta a correria,
Qual o reflexo das depressões,
Rápida prosa, lenta poesia,
Onde guardamos as impressões.

Boas ou más, fracas ou fortes,
Qual o impacto do que vivemos,
Como refletem em nós as mortes,
Irreparáveis perdas que tivemos.

Quem são realmente os amigos,
Por que na multidão, ficamos sós,
Onde estão os humanos abrigos,
Para desatar tão pesados nós,

Dados em nós, por nós, 
Pela mente e talvez pelo medo,
Por não achar confiável voz,
E prender gritos de segredos.

Culpados ou inocentes?
Não cabem a nós inquerir,
Mas soluções urgentes,
Podem melhor futuro, permitir.

04/09/2017



sexta-feira, 1 de setembro de 2017

O Banquete


Façamos um trato,
Queremos à luz de vela, um jantar,
A paz seja o principal prato,
Que possamos nos fartar.

Os sorrisos se entreolhem,
A vida tenha sentido,
As almas felizes conversem,
Os bens e males já vividos.

Façamos um prato,
Nada para se comer frio,
Aqueça-se o melhor fato,
Ingrediente nenhum fique vazio.

Espelho da alma limpo esteja,
Para ver o mundo como é,
Sem pré-conceitos ou pelejas,
Abram se os olhos da fé.

Neste banquete brindemos,
O fim da sede por risos,
Ébrios de gargalhadas fiquemos,
Bebendo dos bons motivos.

Afinal são tantas as pressas,
Que tudo se desidrata,
Não há mais tempo para compressas,
Vivemos de pílulas de um nada.

Nos curamos com conceitos,
Em laboratórios preparados,
Julgamos do outro, defeitos,
Escondendo nossos fados.

Esquecemos até a sobremesa,
O doce que enriquece a vida,
Adorno aos sabores, sem tristeza,
Não falte o Amor sem medida.

01/09/2017