Juntou os seus pedaços,
Do último tiroteio de palavras,
Seus nervos são cordas de aços,
Mas não sobrou quase nada.
Refez os rumos, buscou um tema,
Calado como o mundo e o passado,
Viver ou estar vivo, eis o dilema,
Engana se quem pensa, que está calado.
Em partes, soltas pelo ar,
O tempo não para de seguir,
E quem não quiser sonhar,
Não lhe peça para não sorrir.
Em partes cada coisa a seu tempo.
O ontem já se foi, tentou presente estar,
Revendo os dias e cada momento,
Pra não deixar de andar, caminhar.
Cada parte se refez de cinzas,
Num ato de brilho, momentos,
Todo vento parte de brisas,
Viver não deve se fazer de tormentos.
Em partes, o amanhã renasce,
Com cada nascer do sol,
E quando zerar esta fase,
Haverá um Bônus maior.
Em frente, sem marchas de prisão,
Que seja o pensamento solto,
Que seja sem limites o coração,
E que reviva, cada bom sonho já morto.