quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Mi bedaŭras (Eu Sinto Muito)

Luz nascia o sol, e eu nem via,
Era manhã e eu brincando,
De dormir, sem saber que crescia,
Enquanto a vida ia passando.

A espera, a lenda quimera,
O desejo perdido sem fim,
A lenda do "Uma vez”, já era,
Em coisas que se vão enfim.

Para que falar Verdades?
A vida é, uma grande mentira,
Navegando em mares,
De insanos desejos e ira.

Entre nevoas de sonhos,
Ou, Impostos Segredos,
Ou pesadelos, escolhas,
Que manipulam, Nossos Medos.

Então nos entreguemos,
A loucura mais sã, da vida,
A bússola mendazciosa,
Da louca ilusão, Perdida.

O amanhã há de ser melhor,
O sonho não será perdido,
Assim como sonhavam os avós,
O melhor mundo, que o deles vivido.

Sinto muito se minha, mentira,
Parece até ser verdade,
Nem tudo que é certo, Vira,
E é falsa toda necessidade.

Faça se o sonho real,
Durma e acorde sonhando,
Seja bem o que não faz mal,
Assim, vamos nos perdoando.

26/09/2013
(Esperanto)


quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Inercia

Parei,
Tudo está parado,
Eu sei,
Acelerado.

Estresse inerte, mãos ao ar,
Andando na velocidade zero,
Já nem consigo mais pensar.
Acelerar é tudo que quero.
Se tudo permanece, como está,
É hora de buscar forças urgente
Deixa que a correnteza me leva,
Algo que me reerga movimente.
E eu parado, sou apenas ar
Preciso mover este momento,
O que é o poeta, sem sonhar,
Se não me movo, não sou Vento.

Sua voz vem a meu ouvido,
Mas aqui o som não propaga,
Minha inercia, vácuo perdido,
Mil ideias nesta mente Vaga.
Esperando impulsos do destino,
Já perdido como adulto,
Em rosto de um menino,
Nem me move seu insulto.
E eu parado sou, apenas água,
Preciso mover este instante,
O que é a luz, se não propaga
E escuro com ponto brilhante.

Não me busque, venha me levar,
Não espere, venha me conduzir,
Pois estou, inerte sem sonhar,
Sem saber, pra onde evoluir.
E sem destino não há direção,
Tudo é inercia parado no tempo,
Não há nem vida em um coração,
E a inercia rouba outro momento.
E eu parado, já nem sou fogo
Preciso mover o oxigênio,
Pra sair de mais esse sufoco,
Preciso deixar de ser tão ingênuo.

Parei...

21/08/2013


quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Cansei

Cansei dessa gente que mente,
Que finge ser frígida,
Gente que diz que não sente,
Que não tem Prazer na Vida.

Cansei de acordar cedo,
Pensando o erro ser só meu,
Cansei de guardar o medo,
Minha CORAGEM cresceu.

Cansei de te ouvir chorar,
E de só chorar baixinho,
Cansei de pensar pra rimar
Rime-se o Pranto sozinho

Cansei de escarrarem em mim
A sujeira de ser humano,
Não sou perfeito e enfim
Querer ser, seria insano.

De me prantear, estou cansado,
Num desconforto idiota,
Não culpo mais meu passado,
A vida segue reta ou torta.

Cansei de gente que só gasta,
Que não poupa sua própria vida,
Gente que perde e não aposta,
E vive com os dedos nas feridas.

Quero gozar minha vida,
Cada detalhe e importante,
Cansei de gente sofrida,
Que nunca sai da estante.

Talvez isso sejam só versos,
Cansei de me achar ninguém,
Ainda que estejam inversos,
Despertem os cansaços de outrem.

Que a vida seja prazerosa,
Que desperte o nosso desejo,
Que acorde as visões para a rosa,
Que espinhos se vão num beijo.

14/08/2013


quinta-feira, 18 de julho de 2013

Era

Da terra,
Do quem me dera,
No templo,
Era uma era.

Era tudo permitido,
E nada era só Quimera,
Existiam os sorrisos,
Na terra do Quem me dera.

E se faltassem motivos,
E a vida fosse severa,
Sempre havia o ombro amigo,
Para enfrentar qualquer fera.

Caso a tristeza presente,
Viesse bater a janelas,
O tempo curaria a gente,
Trazendo mil coisas belas.

Na terra,
Do quem me dera,
A serra,
Jamais se encerra.

E nela se manifestam
A lembrança,
E os que contestam,
A chama esperança.

Espera,
O dia que vai nascer,
A luz acalme as feras,
E a paz possa florescer.

18/07/2013