Agridoce Despedida

Agridoce Despedida

Se os céus à criança pertence,

Bom seria não haver despedida,

Da época que deveria ser querida,

Dos sonhos e alegrias que pense.

Mesmo que o tempo agrida,

E o futuro faça seu suspense,

Tudo pareça um teatro circense,

Saborosa lembrança Atrevida.

Pó de leite evidência forense,

Do roubo de uma simples vida,

Alegria ao céu da boca pertence.

E o amargo da rotina e da lida,

Apesar de tudo, que compense,

E cubra com o agridoce uma vida

29/10/2024

Medalhas

Medalhas

Em honra a cada mérito,

Numa rotina tão corrida,

Cada um com a sua lida,

Cada crime e seu inquérito.

Uns correm por sua vida,

Pela endorfina ou crédito,

Até por algo mais inédito,

Por cura ou por uma ferida.

Sem pensar no desmérito,

O corredor de forma fluida,

Corre pra vencer o preterito.

Pelo tempo que se duvida,

Segue pelas curvas ou reto,

Premiando se por sua corrida.

27/10/2024

DiVerGente

Divergente

Entre o adulto e a criança,

Habita o eterno adolescente,

Que ninguém sabe o que sente,

E acusam não ter uma infância.

Mas insistem em julgar, gente,

Mas que santa é a ignorância,

Que age no impulso ou ânsia,

Sem questionar ao recorrente.

Quem no passado, redundância,

Viveu sem pensar, de repente,

O que seria de real importância.

Trabalhou tão incessantemente,

Para conquistar sua importância,

Hoje exige a humildade, divergente.

25/10/2024

Brincando

Brincando

Talvez se diga a verdade

Enquanto se vai falando,

Rindo e até gargalhando,

Ferindo mais que realidade.

Na certa é ignorando,

Um pouco a sanidade,

Que sai tida a raridade,

Talvez dizendo, pensando.

Demonstrada vaidade,

Até vai se apresentando,

Qualquer falsa humildade.

O riso vai revelando,

Seguida da tenacidade,

De dizer estar só brincando.

23/10/2024