Em Movimento

Em Movimento

Pelo transito, onibus, carro,

Moto, bicicleta ou caminhão,

Patinete, até carrinho de mão,

Onde um dia já foi rua de barro.

A beira de um rio uma São,

Pelos bares cachaça e cigarro,

Gente sua historia e seu bairro,

Conduz  o movimento, condução.

Entre monotrilhos, esbarro,

Em trens, no metrô ou lotação,

Na Sé, Paulista, ou Santo Amaro.

O Progresso em cada estação,

Segue em frente, e até paga caro.

São Paulo tocando cada coração.

25/01/2024

A Guardar a Chuva

A Guardar a Chuva

Distorcidas imagens

Chuva cai pela janela,

Do transporte, vista bela,

Que bairro tem tais paisagens?

Que vidas levam ele e ela,

Quem são em seus carros ágeis,

O que levam em suas bagagens?

Para onde vão na louca aquarela.

Em pinturas do tempo, frágeis,

Hora em cada minuto se esfacela,

Sem saber onde se finda as viagens.

Seguimos na chuva, de umbrela,

Contando prejuízos e vantagens,

Andando em rua, avenida e viela.

23/01/2024

De Sabão, Bolhas

De Sabão, Bolhas

Livre em que sentido?

Ao que se definem escolhas,

Não se manifestar nas encolhas,

Sentir a liberdade de ter sorrido.

Em meio ao cair das folhas,

Percebe-se livre, tendo escolhido,

O que lhe faz bem e assim vivido,

Do que plantaste então colhas.

A liberdade não é livro lido,

Tampouco se prender nas ilhas,

É mais que um momento abolido.

Comparável ao vinho sem rolhas,

É respirar, sem pensar ser sofrido,

Voar, como de sabão voam bolhas.

23/01/2024

A Fé no Plural

A Fé no Plural

Que seja tudo desfeito,

Disse o homem e então,

O que ele tem no coração,

Dividiu o Criador a seu jeito.

Deu o nome de religião,

A ligação em seu peito,

Sem pensar bem ou direito,

Que todo mundo aqui é irmão.

Criando a guerra e preconceito,

Deu nome de deus a sua ambição,

Esquecendo a harmonia e o respeito.

Não viu que o bem vive na ação,

Nem vê que fanatismo é um defeito,

E que a fé é plural em meio a multidão.

21/01/2024