Contritus
Por permitir que me mudem,
E que se mude o meu destino,
Me culpo eu por cada desatino,
Ao aceitar os fatos que me iludem.
Mea culpa desde menino,
Por disputar quem menos tem,
E tantas vezes duvidar do além,
Me limitando a ser tão pequenino.
Todo arrependimento contém,
A cura e a dor de cada espinho,
Em sua expressão vivo se mantém.
E a mim mesmo declamo um hino,
Pra dizer que ainda que me podem,
Sei que ao me amar brota algo divino.
14/11/2023