quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

De que Forma

De que forma pulsa o peito,
Bate forte cada coração,
Tem poder cada oração,
Que rumo leva com jeito.

Quais alimentos dar a razão,
Onde todos querem o direito,
Quantos escondem o defeito,
Em um plural de auto omissão.

De que forma ou trejeito,
Se mostra a real intenção,
Escrita nessa ar rarefeito.

Respiram alma e pulmão,
Mundo que se acha perfeito,
Disforme em sua compreensão.

22/02/2022



Sensatez

Sem sal na certa, ou talvez,
Sem folia, nas ruas calmaria,
Fevereiro, carnaval, quem diria,
Que chegaria o dia e dessa vez.

Festejar ainda nao se poderia,
Momo a se retirar, assim se fez,
Entende o Brasil, em portugues,
Que ainda não é hora para a folia.

O festejar de cada um se refez,
Cuidados que exigem, cada dia,
Afim de se atingir uma robustez.

Em outros carnavais mais poesia,
Nestes dias ha de rimar a sensatez,
Se declamada em atidudes e maestria.

23/02/2021





sábado, 19 de fevereiro de 2022

Desumana Gula

Quem nunca desejou ter mais,
Do que pode hoje possuir,
Meditações que vao a se ruir,
Dormem corpos na rua sem paz.

Quem nunca quis construir,
Um palacio com forcas reais,
Uma crer que inabalavel se faz,
Inquestionavel desejo de existir.

Desejo de devorar nao se apraz,
Insaciável fome a se auto destruir,
Quem sente sabe, nao sabe o que faz.

Devora o mundo pra resistir,
Querendo se reerguer do que jaz,
Antropofaga forma de nao desistir.

19/02/2021



quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022

Nas Aguas

Doce imagem do conforto,
Sereia não, uma Deusa já,
Na calmaria xicara de chá,
Dos navegantes mãe e porto.

Com a docura do cajá,
Segura voz do absorto,
Corrigindo o rumo torto,
A acalmar com o maracujá.

A familia do vivo e morto,
Como quem guarda o pirajá
Idoso ou criança é envolto.

Castiga a quem bravejá,
Nas aguas irriga ao horto,
Dos mares rainha, Iemanjá.

02/02/2022