Coletâneas

Há quem na vida colecione,

Objetos e coisas por amar,

Selos e imagens a admirar,

Quem junte lições e lecione.

Bons passeios ao mar

Talvez discos de Alcione,

Fotos tiradas de um drone,

Ou só memorias para lembrar.

Amigos, livros ou iphone,

O que desperte o bem estar,

Momentos que não se questione.

O que se espera a chegar,

Ou algo mais que se relacione,

Ao desejo de algo a si guardar.

04/12/2021

Desconfortável

Se tudo fosse questionável,
Onde se encontraria a razão,
Na mente, espirito ou coração,
Talvez em um lugar intocável.

Se tornaria ela uma alusão,
Um desespero tão variável,
Talvez seja desconfortável,
Saber de algo e o outro não.

Jurisprudência seria inviável,
Simples pensar será abstração,
Cada loucura inquestionável.

Cada poema uma nova lição,
Filosofia algo de irrealizável,
Ou domínio d'uma escuridão.

03/12/2021

Achado e Pedidos

Tantas vezes nem me achei,
Quantos dezembros vividos,
Alguns talvez mais sofridos,
Me perdi, sonhei e acordei.

Passei a me dar ouvidos,
Por saber que eu não sei,
O que pensou quem amei,
Pensamentos não tão nítidos.

O que aprendi e não usei,
Não consta como perdidos,
Entre achados já me joguei.

Fugindo de minutos bandidos,
Que roubariam o que já passei,
Caso eu não me desse ouvidos.

02/12/2021

In Fluências

No organograma da existência, 

Tudo está interligado a linhas, 

O que eu tenho, o que tu tinhas, 

Tudo se trata de dependência. 

 De substancias ou pessoinhas, 

Em devidas condições, clemência, 

Em outras ate de sobrevivência, 

Talvez do Vinho ou do "Tu vinhas". 

Da vinha, da uva em entrelinhas, 

De quem manda e da obediência, 

De quem pede ou do que se obtinha. 

Da mais louca intermitência, 

Passado e Futuro dorsal espinha, 

Marcando presença por Influência.

01/12/2021