sexta-feira, 13 de agosto de 2021

Por Sorte

Um fato, um ato, ou aparato,
Uma peça encenada no nada,
Cavaleiro a empunhar espada
Luta contra algum mal inato.

Azar ou sorte inesperada,
O que traz o destino ingrato,
Num dia treze, sexta em tato,
Toque insano, vida adulterada.

De quem o azar vê como fato,
Superstição, tanto equivocada,
O caos é apenas do destino ato.

Criando a mudança esperada,
Para formar o bem abstrato,
Por alguns, visto como nada.

13/08/2021







quinta-feira, 12 de agosto de 2021

Ao Portador

Lembranças, sonhos, viagens,
Frio, calor, medos e, ah o amor,
Detalhes que marcam com cor,
O tempo que se vive, passagens.

De rosas a espinhos, a flor,
O amargo e as doces paisagens,
As realidades e talvez miragens,
Tudo gravado seja como for.

Para serem lembradas, coragens,
Lutas, força e a fé no redentor,
Dias claros, quentes e friagens. 

Tudo que lembra o esplendor,
Da vida vivida em imagens,
Assim é o retrato ao portador.

12/08/2021





quarta-feira, 11 de agosto de 2021

Passageiro

Dentro de algo me transporto,
Dias passam sinto o cansaço,
As veze nem me entrelaço,
Entre tanta coisa cada foto.

Ei menino o seu cadarço,
Amarrado ao desconforto,
Passageiro tempo torto,
Onde foi o mês de março.

Ainda existiria o horto?
Onde vai o descompasso?
Seria o destino natimorto?

Passageiro, onde o passo,
Leva os pés com conforto?
Em quem ficam, teus laços?

11/08/2021



terça-feira, 10 de agosto de 2021

Nos Espinhos

Tempo e rosa, seu espinho,
Dores e cores que marcam
Quem dera dizer que passam,
As feridas de um ser sozinho.

Haja doses que o ser curam
Amor próprio ribeirinho,
Que ecoa, canta passarinho,
Deixa fluir o que procuram.

Deixa fluir o rio devagarinho,
Pranto, uns dizem que curam,
Outros preferem o carinho.

Que pelos sonos borbulham,
Enquanto se curam do espinho,
A sonhar com rosas que brilham.

10/08/2021