domingo, 16 de maio de 2021

De Consciência Limpa

Invisível mente, que limpa,
A rua o chão os pensamentos,
Mantem em ordem, momentos,
E que bons modos garimpa.

Meio a quem seus movimentos,
Talvez para manter a sua pompa,
Ao Ver  pela tangente se escapa,
Segue a esconder ressentimentos.

Quem recolhe a suja capa,
O lixo das janelas aos ventos,
O ódio a sujeira que não escapa.

Os Garis que tem seus sentimentos
De consciência leve, dão um tapa,
Aos que se acham de tudo isentos.

16/05/2021





sábado, 15 de maio de 2021

Aqueles que

Unidos desde o nascimento,
Talvez antes ou para além vida,
De perto aqui seguem a corrida,
Seguindo juntos a cada momento.

Chamados por uma forma querida,
Se fazem família com sentimento,
Mão unidas a favor ou contra o vento,
Trocando cada experiência já vivida.

Aqueles que em um só intento,
Dividem um lar, além de sua lida,
Formando ideias desde o advento.

Do que for e ao que será convida,
Amor e farpas, dor e todo o alento,
Onde num lar, gestados são para a vida.

15/05/2021




sexta-feira, 14 de maio de 2021

Sopros

O mesmo ar que se respira,
Sopra entre loucura a lucidez,
Num revezar qual seria a vez,
Entre os dias assim, o que viria?

Sonhos e desejos o que se fez,
Risco a solta na esquina que vira,
Paz e sossego, irritação, dor e ira,
Cada um será pobre ou um burguês.

Rios e mares enquanto se pira,
Fluem a preparar um chá das seis,
Tempo que já nem mais respira.

Tudo passa, presente se liquefez,
Entre futuros, que nada interfira,
Nos sopros do que se desfez ou refez.

14/05/2021





quinta-feira, 13 de maio de 2021

ABOLIÇÕES (Um Sarau de Verdades)

Recitando ao Poeta dos Escravos, 
 A honra de ser deles considerado, 
 Mas, Poesia da Liberdade é seu legado, 
 Muito além da Áurea Lei e seus conchavos. 

 Quantas escravidões vivas do passado, 
 Ainda por abolições esperam uns avos, 
 De um todo dividido em dias tão bravos, 
 Os pesos das diferenças ainda é brado. 

 E fala mais alto que os agravos, 
 Agravando ainda mais o inesperado, 
 Quantas abolições ainda em cravos. 

 Das mortes em coroas de flores, flavos, 
 Amarelados como o antigo documentado, 
 As abolições pendem para além dos escravos. 


 "Poema do Livro Um Sarau de Verdades - (2020)"