sábado, 20 de fevereiro de 2021

Sustento

Em tempos difíceis tudo e difícil,
Falta o luxo falta as vezes o sustento,
A alguns falta ate o próprio alento,
Seja na roça, comunidade ou edifício.

Há quem mendigue ate o afeto,
Por mera atenção faz sacrifício,
Na busca de ser visto em seu oficio,
Rasteja por migalhas em desafeto.

Há quem perca a fé se renda ao vicio,
Quem busque pedir em outro dialeto,
Ou busque usar de algum armistício.

Roubam a cena e algo na selva concreto,
Tentando justificar o sua ação ou artificie
Gritando que sustento talvez ignore o certo.

19/02/2021





sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

Mexa-se

O corpo cansado enquanto os tempos,
Devoram mentes, o azar e a própria sorte,
Seria um vídeo completo ou apenas corte,
De uma cena gravada entre tantos momentos.

Mexe o corpo, a mente voa afasta a morte,
Enquanto músculos respondem aos sentimentos,
Pra frente, pra cima, pro lado fora esquecimentos,
A mente lembra enquanto o corpo fica mais forte.

A dor penetra o corpo as vezes traz argumentos,
Mas mexer será sempre algo que o ser transporte,
Entre cansaços erros dores e outros mais fingimentos.

Há quem diga que ama mexer-se do sul ao norte,
Praticando os mais diversos e possíveis movimentos,
A cura ao corpo, mente e alma há de ser o esporte.


19/02/2021



quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

Descrição

Mera fala e letras desfilam na mente,
Quem decifra o pensar de um ser humano?
Seria ele anjo de luz ou um ser profano?
Aquele que por castigo sabe o que sente.

Quem escreve, pode ser um ser insano,
Iluminado pela ciência ser indiferente,
Permeado do bem ou mal que leva a frente,
Qual o pintor tece com pincel em um pano.

Cenas de uma memoria que ainda que tente,
Não se lembraria mesmo que fizesse um plano,
Mas que lhe é revelado de forma tão intermitente.

Um pranto cai entre letras, um desengano,
Um sorriso, a amizade e o abraço quente,
Descrever um mundo faz passar melhor o ano.

18/02/2021




quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

Das Cinzas

 O fogo que a tudo queima e purifica,
Torna cinzas o que não se desfaz no calor,
Seria este o tal calor da chama do amor,
Desfazendo o ser só cinzas é o que fica.

De cinzas renasce o pássaro qual fogo flor,
A Fênix que renasce em forma única,
Cinzas marcam o ser, caem em sua túnica,
Vestindo de arrependimento e novo ardor.

Seriam assim pois de uma forma mediúnica,
O toque do celeste com tanto do seu fervor,
Que converteria em cinza a tão falsa tônica.

Do pecado entranhado no ser pecador,
Das cinzas se recria um ser anacrônico,
Que possa tornar-se real e da paz merecedor.

17/02/2021