Pelos dedos da ampulheta,
Escoa a areia dos minutos,
Escoa a areia dos minutos,
Enquanto os seres absolutos,
Se acham os donos da colheita,
Pobres nobres tão dissolutos,
Vendendo o destino que se estreita,
Sem saber se terão lucro ou desfeita,
Do que plantaram em vida nos redutos.
Corre o tempo eis a nobreza perfeita,
Riqueza real somente a de minutos,
Colecionada em ordem tão imperfeita.
Desperdiçada em momentos solutos,
Onde as criticas a esquerda ou direita,
Na certa não tornam mais doces os frutos.
13/01/2021