domingo, 21 de junho de 2020

Mente Aberta

Um Machado posto a mente,
Abriu os pensamentos alheios,
Cultivou em forte semente,
Questionamentos em devaneios.

Raiz negra, e pobre autor,
Talvez por medo ou por tristeza,
Pouco falou da própria dor,
Preferiu expor a cor da nobreza.

Matou a Helena por desamor,
Em uma sociedade de proibições,
Expôs das famílias o falso amor,
E as sequelas dos ódios e traições.

Ainda alguns o condenam,
Por não exaltar tanto sua raça,
Talvez alguns não conheça,
As marcas da dor da desgraça.

Com um bom tom de pessimismo,
Mostra alguns problemas reais,
Assim ele romantiza seu realismo,
Mostrando muitos erros morais.

Em uma sociedade de brancos,
Cria sua própria assinatura,
Se alia ao poder e vai as trancos,
Mostrando sua alta curvatura.

Assume sua cadeira Imortal,
Sucedendo Jose de Alencar,
de Assis, Machado o Genial,
Que ainda faz o Brasil brilhar.

21/06/2020



Não Falte Ar

Quanta coisa falta na vida,
Um sorriso, paz e melodia,
Um amor ou pessoa querida,
Um abraço apertado fim do dia.

Falte o que faltar não lhe falte,

A mesa o alimento o sustento,
A esperança a força no combate,
Nao falte a calma, o ar, o vento.

Respira fundo e agradece,

Cada dia sonho e desejo,
Que o suspiro a alma enaltece,
E a boca se premia com o beijo.

Não falte a gratidão pela saúde,

A proteção divida de cada dia,
A energia, mesmo que tudo mude,
E o brilho no olhar pela alegria.

Ei respira fundo com força,

Que nada vai lhe abalar,
Seja você rapaz ou moça,
Respira é saudável respirar.

Não permita que ninguém,

Tire de ti o gratuito dom do ar,
Cuide-se e com calma diga amem,
Não nada melhor que Suspirar.

Por amor, por alegria ate saudade,

Mesmo que a frente veja um fantasma,
Seguem em paz por amor com caridade,
Não permita que lhe dominem nem a Asma.

21/06/2020



Para Ouvir

Devagar ai com o andor,
Preste atenção no que ouve,
Cada som transmite cor,
Se não ouvir o que houve?

Nas ruas, nas redes, na radio,
No horário nobre ou comercial,
Em procissão e até no estádio,
Entre as novelas e o jornal.

Fazendo o fundo ao teatro,
Cantando um jingle irritante,
Animando a imagem retrato,
Na apresentação cintilante.

No carro do ovo e da panela,
Pamonhas pamonhas pamonhas,
Ate neste som, tem mão singela,
De quem cria artes medonhas.

As mídias espalhadas no mundo,
E as musicas que você tanto ama,
Exigiram trabalho do mais profundo,
Pra criar cada faixa, som que inflama.

Como benção dos deuses ao mundo,
Sons que acalmam a cada respirar,
Outros que fazer suspirar e fundo,
Cancões que ate fazem alguns pular.

Para ouvir em qualquer canto,
Sons que levam o ouvido a perfídia,
Cobrindo com um barulhento manto,
Tecido em musica e trabalho de mídia.

21/06/2020







sábado, 20 de junho de 2020

Auto Defesa

Eram balas já perdidas,
Buscando uma vitima,
Era perdidas vidas,
Que a sociedade dizima.

Em seu trabalho foi lá,
E defendeu a cada um,
Em auto defesa lá e cá,
Fez sorrir alguns e um.

Em seu livre exercício,
Defendendo o trabalho,
Compensou ao sacrifício,
De quem suava ao orvalho.

Fez valer a voz profética,
Dos pequeno ser exaltado,
Ao defender a Doméstica,
Contra o aviso do passado.

Leva alegria ao lar,
Do trabalhado injustiçado,
Defendendo seu lutar,
Recuperando perdas, passado.

Ele que advoga pela causa,
Que acrescentou a sua lista,
Da injustiça que se realça,
Quando o patrão busca conquista.

Ele que a tudo busca resposta,
Que concede vóz na entrevista,
Salva a cada causa que encosta,
Senhor Advogado Trabalhista.

20/01/2020