segunda-feira, 25 de maio de 2020

Pés no Chão

A arte de Sapatear,
Desperta um ritmo único,
Desde a Forma de pisar,
Ate o olhar firme e cínico.

A confiança nos passos dados,
Tal qual na vida se e necessário,
Firmeza nos rumos já tomados,
E o olhar firme, Forte e Signatário.

Pés no chão e em movimento,
Eis a dança de origem simples,
Dos pé operário no pavimento,
Ate aos palcos com seu requinte.

Quem diria que a arte dos pés,
Com seu som pouco ritmado,
Daria origem a um alto viés,
De um dançar tao conceituado.

Assim como do trabalho pesado,
Surgem as mansões suntuosas,
A vida constrói um belo lado,
Do oposto de atividades dolorosas.

Sapateando pelos caminhos,
Entra no ritmo,tudo um dia
E os pés levam aos destinos,
A tudo que se versa em alegria.

Sapatear é arte nobre,
De quem na vida tem esperança,
Seja do rico ou ate do pobre,
Todo destino invoca a uma dança.

25/05/2020




O Poder do Toque

Sem saber do seu poder,
Foi lá e tocou no problema,
E assim acabou por resolver,
Qual com magia a tal dilema.

Seria apenas um toque,
Nao fosse todo o estudo,
Que lhe levou ao enfoque,
Em saber onde doí ao mudo.

Em retirar ao cego o desconforto,
Ao aliviar a dor do esportista,
Quando tocou com paz e conforto,
Ao corpo do outro com uma lista.

Curou a coluna do senhor,
Ajudou o jovem a andar,
Da criança recebeu amor,
Percebeu que podia mudar.

Nas mãos viu sua ferramenta,
No toque massageando as dores,
Viu como barra a tormenta,
E recuperar nas vidas cores.

No poder deste seu toque,
Pode ver o poder da sua conquista,
A magia escondida em seu enfoque,
Fez deste profissional, Massagista.

25/05/2020


Retalhos

Juntando o tecido da vida,
Tecendo uma colcha alegrias,
Assim age a mão querida,
Da mãe, da avo, e das tias.

Cozendo os retalhos do destino,
Carregando mais que sabedoria,
Remendando a tristeza do menino.
Colocando botoes na camisaria.

Com o que que costuram,
Talvez até com linha de clemencia,
Entre elas juntas murmuram,
Segredos, amores e sua existência.

Com o bordado, com as agulhas,
Ou com a maquina e sua destreza,
Vão abafando as loucas fagulhas,
Que queimam a vida e a beleza.

Fazem do pano uma boneca,
E dela a alegria da menina,
Com um boné alegram o careca,
Com linha e tecido vestem sua sina.

Vestem ao simples e ao nobre,
Com as cores de seus carreteis,
Versos ricos em rimas pobres,
Nos dedos não levam tanto anéis.

As costureiras são como artistas,
Vestindo as telas de tanta gente,
Com estampas, bolinhas e listas,
Deixam cada sorriso mais contente.

25/05/2020



Mãos Calejadas

Seu moço, uma coisa diga,
De onde vem o seu alimento,
Antes que a conversa prossiga,
Quem é que prove teu sustento.

Tem gente acordando cedo,
Laborando a terra sem parar,
Aplicando no solo um segredo,
Para as cidades bem sustentar.

O leite, o trigo, milho e a soja,
O cafezinho coado de manhã,
O Algodão das roupas na loja,
A laranja, a uva, a pera e a maçã.

Trabalho pesado mão sofrida,
Apesar do progresso aliviar,
Muito mudou nessa vida,
Mas muito ainda pode mudar.

Não que seja de todo ruim,
O campo tem suas vantagens,
O Homem do campo é assim,
Se orgulha das suas imagens.

Guarda pra si a alegria,
Se contenta com que tem,
Escreve no olhar sua poesia,
A terra lhe guarda e sustem.

Ao Trabalhador Rural a gratidão,
Por seu suor e trabalho benigno,
Que garante a boa alimentação,
Promovendo um sustento digno.

25/05/2020