Tecendo uma colcha alegrias,
Assim age a mão querida,
Da mãe, da avo, e das tias.
Cozendo os retalhos do destino,
Carregando mais que sabedoria,
Remendando a tristeza do menino.
Colocando botoes na camisaria.
Com o que que costuram,
Talvez até com linha de clemencia,
Entre elas juntas murmuram,
Segredos, amores e sua existência.
Com o bordado, com as agulhas,
Ou com a maquina e sua destreza,
Vão abafando as loucas fagulhas,
Que queimam a vida e a beleza.
Fazem do pano uma boneca,
E dela a alegria da menina,
Com um boné alegram o careca,
Com linha e tecido vestem sua sina.
Vestem ao simples e ao nobre,
Com as cores de seus carreteis,
Versos ricos em rimas pobres,
Nos dedos não levam tanto anéis.
As costureiras são como artistas,
Vestindo as telas de tanta gente,
Com estampas, bolinhas e listas,
Deixam cada sorriso mais contente.
25/05/2020