sexta-feira, 13 de março de 2020

Pagar Um Rim

Uns copos de água,
Lavariam essa culpa,
Evitaria qualquer mágoa,
Vamos colocar na lupa.

Quanto vale um rim?
Sera que você dá valor nele,
Mata a sede não ou sim,
Qual o tamanho da sua sede?

Dizem que secos vivemos
A maioria nem percebe,
Muitas vezes só comemos,
E da água até se esquece. 

Nada bom, água é vida,
Quando acaba é que se sente,
A Beber água o rim convida,
Faz bem ao corpo e a mente.

Quanto vale um rim,
Que filtra tudo que se bebe
Pedra nele é dor sem fim
Dois rins e tudo que tem a plebe.

Dizem que algo e caro,
Se tiver que pagar um rim,
Tal pagamento não e tao raro,
Se a eles não der valor, enfim.

Na fila por transplante,
Dá se o sangue pra viver,
Melhor cuidar se neste instante,
Para não ter que pagar para Ver.

13/13/2020









Por Azar

Sexta feira em treze cai,
E já tem gente a se benzer,
Pega o terço, e segue vai,
Que não há nada a se temer.

Nem existe o tal de azar,
Mas leva esse pé de coelho,
Melhor não tentar provocar,
O que não se vê pelo espelho.

Lobisomem na quaresma,
Lua cheia não se esqueça,
O saci com sua peripécia,
Foge das mulas sem Cabeça.

Pensa bem "Ação e Reação",
Poderia descer o que não subiu?
O que seria o tal Azar então?
Só não entende quem Sumiu.

Gato Preto não tem culpa,
Há mais perigo sobre a escada,
Se machuca só quem luta,
Mas a Vitoria não vem de nada.

O maior risco do Azar,
Seria a sorte de não te-lo,
Que superstições tem o mar?
Sereias são sonhos ou pesadelo.

Por azar todo dia e único,
Numa mundana sorte passageira,
A vida não muda por numero,
Muitos atos mudam a vida inteira.

13/03/2020



quinta-feira, 12 de março de 2020

Primeira Pessoa

O que é o amor próprio?
Seria ser o que se quer,
Amar se por obséquio,
Ser livre ser como quiser.

Parece simples ser tão pleno
Enquanto os versos se formam,
Mas pode ser como o pior veneno
Se sem querer, ferires os que pensam.

Muitos pensam que sabem,
Teu jeito, e as tuas palavras poucas,
Irritados ficarão então se lhe ouvirem,
Declamando tão alto poesias tão loucas.

O que é amor próprio então,
Seria saber se preservar calado,
Para não gerar ódio em emoção,
Seria ter mil poemas e engasgado.

Não pensar, não agir, nem escrever,
Seria queimar seus escritos, cadernos,
Deletar os arquivos sem ninguém ver,
Mandar  suas mensagens aos infernos.

Queimar, apagar, deletar,
Tudo isso, pouco ou nada resolve,
Quando o Imaginário quer despertar,
Todo o resto some, evapora, se Dissolve.

Amor próprio e algo guardado,
E a ciência de consigo se admirar,
É Conseguir mesmo as vezes calado,
O que habita em si mesmo propagar.

12/03/2020


Ouvindo o Silêncio

Em tempos tão barulhentos,
Onde todo mundo diz saber tudo,
Há ainda em alguns templos,
Sacerdotes do aprender Mudo.

Recantos onde livros ainda falam,
E é preciso calma para ouvi-lo,
Pessoas que então se dedicaram,
Para o conhecer não ser perdido.

Em meio a um amontoado,
Entre símbolos e letras,
Mas tudo muito organizado,
Em prateleiras, estantes, gavetas.

Há quem digo que é passado,
Que o mundo há de ser digital,
Mas na leitura do que foi grafado,
Lá há muito mais que um portal.

Todo conhecimento listado,
Além de estórias e ficção,
Nos livro vive e é guardado
Seguindo de geração em geração.

As vezes é preciso lembrar,
Que há pessoas que se dedicam,
A manter tudo em seu lugar,
E permitir bons usos que edificam.

Silencio quando ouvires um livro,
Seu canto e tão belo qual canário,
Mas só poderá tal canto ser ouvido,
Graças ao trabalho de um Bibliotecário. 

12/03/2020