terça-feira, 3 de março de 2020

Acalmando Leões

Quanto ódio se destila,
Quando não se consegue,
Dominar a paz tranquila,
E o medo é quem persegue.

Ao se dar rosto de ordem,
Aos instintos mais vorazes,
Estruturas se auto implodem,
E seres se acham os mais sagazes.

Quem é o selvagem e onde é a selva,
O leao, a onça, o lobo na estiagem,
Ou o homem que se destrói na relva,
Entre as pedras e apatias que interagem.

Na selva não há consciência,
Mas o ser consciente é quem a mata,
Nas Cidades habitam a descencia,
Que indecente explicação, tão Ingrata.

Dizer que o Humano ser é inteligente,
Quando choram os rios já poluidos,
E quase que insano até demente,
Chega ate a doer os próprios ouvidos.

Não que fosse bom torna-se índios,
Cada qual tem sua dádiva e valor,
Mas falta dar mais valor a prados lindos,
Que a prática dos medos e do horror.

A vida por natureza é bela,
Ainda que selvagem muitas vezes,
Cabe ao Sapiens construir em sua janela,
Uma paisagem que orgulhe a mente deles.




Voz Ou Vida

Infinitas vibrações paralelas,
Viajam no ar com suas ondas,
Escutar é conectar se a elas,
Neste solo perfurando com sondas.

Voz ouvida em perfeita audição,
Escutar é a entrada do aprender,
Quem muito fala transmite ilusão,
A razão se explica pelo conviver.

Escuta o som do silêncio,
Ele é quem calma transmite,
O mundo é sempre tão extenso,
Que faz eco, eco caso você grite 

Ouvir é dádiva iluminada,
Ouça quem quiser pois nem é lei,
Mas grita a experiência passada,
Pra evitar que tudo se torne um Delay.

Quem diria que o homem um dia,
Precisaria ensinar a si mesmo ouvir,
Quanto se acham donos da alegria,
Sem ver que o inesperado está por vir.

Voz ou vida, ouvida voz,
Faz que se entenda o Agente,
Há gente que entende o Nós,
Quando vê no outro voz de gente.

É bom cuidar melhor do que é ouvido,
Pra que não venha deixar de ouvir em vista,
Ouvir bem de quem bem fala faz sentido,
Bom de ouvido é o Otorrinolaringologista.




Um Pouquinho de Tudo.

Tem de tudo um pouco,
Meus caros amigos,
Nesse mundo louco,
De tudo se tem um pouco.

Gente que se acha certa,
E que acha o outro errado,
Gente com a mente incerta,
E certa do que tem pensado.

Tem sim com certeza,
Coisas que até o céu dúvida,
Conceitos variados de beleza,
E corações horríveis com vida.

Tem do pouco um tudo,
Há aqueles que gritam ao nada,
E há quem se faça de surdo.
E o tempo passa nesta jornada.

Tem muito olhar julgando,
Esquecendo que será também,
Muito  medo de espalhando,
Muito amor sendo só refém.

Tem um pouco de cada um,
Espalhado no que faz o tudo,
Mas e melhor nem dar zoom,
Deixar o que é frágil no escudo.

De tudo nesse louco mundo,
Um pouco se leva escondido,
Tem sujo limpo, e limpo imundo,
Sabe bem cada um, o que tem vivido.



segunda-feira, 2 de março de 2020

Nas Noites

Quando tudo escuro esta,
E o que te faz dormir vence, 
A teu lado e bom de ficar,
Que encerre se o suspense.

Querer te bem é um prazer,
Amar te é uma benção,
Lutando se aprende a viver,
E tais coisas boas ao coração.

Nas noites mesmo que haja frio,
Um bom sono profundo respirar,
É alívio do corpo após dia sombrio,
Viagem do espírito doce pairar.

Mensageiros do celeste,
Guias por tantas energias,
Mostrem o caminho inerte,
Que inspira vidas e poesias.

Nas noites enquanto pairam,
É concedido tempo livre,
Aos que durante o dia se encaram,
Na noite a paz e quem revive.

Se a paz uma face tivesse,
Na certa seria a da noite,
Onde como se tudo ali vivesse,
Em refúgio de qualquer açoite.

Nas noites as almas escapam,
De animar os corpos pesados,
Leves no ar elas apenas pairam,
E conversam sobre seus passados.