quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

Mani Abili

Da farinha faz a massa,
Com habilidade de Gênio,
No sabor Celebram com a taça,
Um brinde ao trabalho esplêndido.

Das mãos que fazem do trigo,
Somado ao molho e aos queijos,
Um prato de um povo amigo,
Que preenche quaisquer ensejos.

Girando a massa na mão,
Desprendendo do forno os calor,
Faz alegrar qualquer coração,
Com um bom toque de Sabor.

Mama mia doce gosto,
Maestria em cada fornada,
Hábeis mãos digno posto,
Ao que prepara uma redonda.

Quantas famílias pelo mundo,
Encontram lembrança da pátria,
Num encontro belo e profundo,
Regado a esta bela "Massa de Pizza".

Eis que esta grande profissão,
Dá fim ate a certa pendenga
Se a pizza é feita de coração,
E nela que a intriga se Acaba.

Um Brinde a quem controla a massa,
E não deixa o assunto passar do ponto,
Digna a profissão que eras transpassa,
Pizzaiolos de um Brasil, em todo canto.




Tempo Passa

Este Impiedoso Senhor,
Que nem se importa se o vês passar,
Transforma o menino em Avô,
Antes que ele possa sequer imaginar.

Tempo dos tempos passados,
Saudosas memorias da vida,
Dias vividos nem lembrados,
Se o tempo com o velho não lida.

Aquela bengala que sustenta,
O corpo que antes saltava,
Entre os pomares da fazenda,
E como bom homem trabalhava.

Hoje pode ser difícil caminhar,
Pela tão infrutífera cidade,
Sem uma mão para apoiar,
E sem que lhe lembrem a idade.

Tudo passa, O tempo passa,
Muitos vivem sem pensar,
E nem adianta fazer pirraça,
A vida aos poucos vem cobrar.

Todo excesso e toda pressa,
Que o corpo um dia maltratou,
Ao Idoso vem e não cessa,
Bendito o que jovem se cuidou.

Acima de tudo o que permanece,
E o que tem a partilhar o senhor,
O conhecimento não envelhece,
Feliz quem em si conhece o amor.




quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

Só Rindo Mesmo

Se perguntas se tem Marmelada,
A resposta é, "Tem sim Senhor",
Tem até rapadura e goiabada,
Em doces barras, amargo humor.

Ainda que muitos digam irritados,
Que é tudo apenas circo e pão,
Sem risos, os rumos são pesados,
Gargalhar faz bem ao coração.

Eis a perfeita, vida imperfeita
Escrita terna, Comedia Divina,
Em brigas de Esquerda ou direita,
Que o conhecimento não Ilumina.

Pro inferno toda a alma,
Presa a esta dura seriedade,
Inerte ao riso e a Calma,
Que se acha dona da verdade.

Só rindo mesmo pra seguir,
Não importa de que lado estejas,
Sem fazer piada ou sorrir,
Só restam as drogas e cervejas,

Bendito quem de si mesmo rir,
Sabendo que muita coisa é piada,
Levanta gargalhando ao cair,
Aprendeu que o tombo "Foi Nada,"

Bendito pelo riso o palhaço,
Que torna a alegria mais constante,
Ninguém tem nervos de aço,
Feliz é quem entende o comediante.




Ainda há Brasas

Não se apaguem as chamas, 
De dois milênios no passado,
Pois em um dos nome que clamas,
Vive a um evangelho anunciado.

Convertei-vos e nele crede,
De passado ramos são as cinzas,
Onde um povo demonstra sede,
Mas que sempre mantém seus cismas.

Não há erro sem consequências,
Mas há um convite a se olhar,
Todo ser tem suas clemências,
E a vida se faz de um planejar.

Das cinzas ressurgem o ser,
Em consciência envolvido,
A maior penitência e se ver,
E permitir-se ser corrigido.

Não há perdão sem perdoar,
Nem cinzas sem arder de brasas,
Passo a passo aprender voar,
É o efeito de um bater de asas.

Melhor seria não haver erro,
Mas a correção é essencial,
Afim de evitar próprio desterro,
E cortando as correntes de um mal.

Ainda em Brasa rebrotem os seres,
Num voo em chamas brilho de Ônix,
Que as Cinzas relembrem os deveres,
Dos que se reconstruirão qual Nova Fênix.