Este Impiedoso Senhor,
Que nem se importa se o vês passar,
Transforma o menino em Avô,
Antes que ele possa sequer imaginar.
Tempo dos tempos passados,
Saudosas memorias da vida,
Dias vividos nem lembrados,
Se o tempo com o velho não lida.
Aquela bengala que sustenta,
O corpo que antes saltava,
Entre os pomares da fazenda,
E como bom homem trabalhava.
Hoje pode ser difícil caminhar,
Pela tão infrutífera cidade,
Sem uma mão para apoiar,
E sem que lhe lembrem a idade.
Tudo passa, O tempo passa,
Muitos vivem sem pensar,
E nem adianta fazer pirraça,
A vida aos poucos vem cobrar.
Todo excesso e toda pressa,
Que o corpo um dia maltratou,
Ao Idoso vem e não cessa,
Bendito o que jovem se cuidou.
Acima de tudo o que permanece,
E o que tem a partilhar o senhor,
O conhecimento não envelhece,
Feliz quem em si conhece o amor.
quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020
Tempo Passa
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Viraversos

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020
Só Rindo Mesmo
Se perguntas se tem Marmelada,
A resposta é, "Tem sim Senhor",
Tem até rapadura e goiabada,
Em doces barras, amargo humor.
Ainda que muitos digam irritados,
Que é tudo apenas circo e pão,
Sem risos, os rumos são pesados,
Gargalhar faz bem ao coração.
Eis a perfeita, vida imperfeita
Escrita terna, Comedia Divina,
Em brigas de Esquerda ou direita,
Que o conhecimento não Ilumina.
Pro inferno toda a alma,
Presa a esta dura seriedade,
Inerte ao riso e a Calma,
Que se acha dona da verdade.
Só rindo mesmo pra seguir,
Não importa de que lado estejas,
Sem fazer piada ou sorrir,
Só restam as drogas e cervejas,
Bendito quem de si mesmo rir,
Sabendo que muita coisa é piada,
Levanta gargalhando ao cair,
Aprendeu que o tombo "Foi Nada,"
Bendito pelo riso o palhaço,
Que torna a alegria mais constante,
Ninguém tem nervos de aço,
Feliz é quem entende o comediante.
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#Dia do Comediante,
Comédia,
risos

Ainda há Brasas
Não se apaguem as chamas,
De dois milênios no passado,
Pois em um dos nome que clamas,
Vive a um evangelho anunciado.
Convertei-vos e nele crede,
De passado ramos são as cinzas,
Onde um povo demonstra sede,
Mas que sempre mantém seus cismas.
Não há erro sem consequências,
Mas há um convite a se olhar,
Todo ser tem suas clemências,
E a vida se faz de um planejar.
Das cinzas ressurgem o ser,
Em consciência envolvido,
A maior penitência e se ver,
E permitir-se ser corrigido.
Não há perdão sem perdoar,
Nem cinzas sem arder de brasas,
Passo a passo aprender voar,
É o efeito de um bater de asas.
Melhor seria não haver erro,
Mas a correção é essencial,
Afim de evitar próprio desterro,
E cortando as correntes de um mal.
Ainda em Brasa rebrotem os seres,
Num voo em chamas brilho de Ônix,
Que as Cinzas relembrem os deveres,
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Quarta feira de Cinzas,
Reconstruir-se

terça-feira, 25 de fevereiro de 2020
Apoteose no Chão
Salve salve os que não são,
Deuses nem semideuses,
Mas que desfilando estes vão,
Se destacando entre luzes.
Falam das memorias do povo,
Dos fatos que estão vendo,
Convocam a plebe ao novo,
Com seu Teatro envolvendo.
Abrem as portas do céu e inferno,
E ate do olimpo tiram figuras,
Num Carnaval quase que eterno,
Escondem nas mascaras faces duras.
Em Minutos dão ar de beleza,
Em outros relembram a dor,
Contrastes de festa e tristeza,
Por atos de um tal desamor.
Canta ate perder a voz,
Cada bloco ou escola,
Gritam o antes e o apos,
Mesmo que não deem bola.
E o canto escondido na mente,
Revela uma apoteose mais real,
Onde desperte o que se sente,
Entre ponderações de um bem e mal.
Mesmo que seja um festa
Se o homem puder ser humano,
Saberá o tempo que lhe resta,
Não se tornando só com Momo.
Deuses nem semideuses,
Mas que desfilando estes vão,
Se destacando entre luzes.
Falam das memorias do povo,
Dos fatos que estão vendo,
Convocam a plebe ao novo,
Com seu Teatro envolvendo.
Abrem as portas do céu e inferno,
E ate do olimpo tiram figuras,
Num Carnaval quase que eterno,
Escondem nas mascaras faces duras.
Em Minutos dão ar de beleza,
Em outros relembram a dor,
Contrastes de festa e tristeza,
Por atos de um tal desamor.
Canta ate perder a voz,
Cada bloco ou escola,
Gritam o antes e o apos,
Mesmo que não deem bola.
E o canto escondido na mente,
Revela uma apoteose mais real,
Onde desperte o que se sente,
Entre ponderações de um bem e mal.
Mesmo que seja um festa
Se o homem puder ser humano,
Saberá o tempo que lhe resta,
Não se tornando só com Momo.
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Carnaval,
Festa de Momo,
Ironia e Reclamações

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