domingo, 16 de fevereiro de 2020

Lavoura Escura

Dias houveram em que 
As negras mãos sofriam,
Ou entre Tupi e Guarani,
Este doces nós colhiam.

Engenhos e força bruta,
Pra produzir a riqueza,
Tudo parte de uma conduta,
Em um momento de realezas.

Doce ouro, Rapadura doce
Mas história que não foi mole,
Se trabalho escravo escrito fosse,
Toda cachaça amagaria a cada gole.

Tempo passado escrito a carvão,
Em queimadas manhãs frias,
Onde o suor escorre de cada mão,
Para colher sem versos ou poesias.

Força nos braços canta o facão,
A piada contada para descontrair,
Na marmita o ovo, o arroz e feijão,
E a cabeça nas contas que vão vir.

E se não queima, o tempo,
As verdes folhas cortam o rosto,
As cobras, perigos e o contratempo,
Machucam o corpo pouco exposto.

Entre os panos e o suor escorrendo
Ou a chuva que sem avisar deságua,
Tantos são os rostos que seguem sofrendo,
Trabalho digno mas pouco visto em sua mágoa.





sábado, 15 de fevereiro de 2020

De Olhos Abertos

Em tua beleza os olhos observam,
Numa admiração plena de detalhes,
Tocar te as mãos muito desejam,
Admiráveis são suas curvas e entalhes.

De olhos bem aberto a admirar,
E quando o toque for permitido,
O ar há de feliz transpassar,
Dando licença a toda libido.

Teus pés sustentando o salto,
Ou mesmo nus a tocar o chao,
Suspiros roubam em assalto,
Palpita rápido um coração.

Admirável és em tua forma,
Divina obra das mão divina,
E a aura que em ti contorna,
Gira com paz que predomina.

Talvez não percebas bem,
Mas meu ser delira por ti,
Se os anjos dizem Amém,
O Desejo que tocar te aqui.

Olhos abertos a te ver,
E quase louco por teus bracos,
Sonho é ver te a cada amanhecer,
E poder sentir teu beijos e abraços.

Que a permissão não se finde,
Olhos abertos por teu jeito de ser,
Permita-se conquistar devido requinte,
E abençoado seja hoje e sempre seu viver.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

Querida Rosa

Querida Rosa, o que sentes,
Qual tua doce inspiração,
Por que atrais olhares dementes,
Tratam-lhe tão sem compaixão?

Querida Rosa, poucos sabem,
O que se esconde em teus espinhos,
Nos peitos de tão poucos cabem,
O que suportaste em teus cantinhos.

Querida Rosa, a compreensão,
Cerca-te por tua experiência,
Viveste tanto amor e paixão,
Que te falta até a paciência.

Exalas teu doce perfume a todos,
Mas são raros os que te merecem,
Muitos te desejam por engodo,
Outros falsos elogios te tecem.

Receosos querem teu néctar,
Mas teus espinhos desprezam,
Apenas em sua beleza vão estar,
Mas nem sempre por ti prezam.

Querida Rosa, merece mais respeito,
Do amor, que sois símbolo, visto,
O colo que carregas no peito,
Traz em ti o Sagrado e Bendito.

Rosa Cara, teu carinho não tem preço,
De tuas mãos o toque cura até a alma,
Tua beleza sempre inspira o recomeço,
Teu sentir emana ao mundo doce calma.





Os Espinhos da Rosa

Se a vida tem seus tropeços,
Há quem chore ou sorria,
E quem perca se em endereços,
Do desespero ou nostalgia.

Quem nunca discutiu,

Por diferente Pensar,
Nunca chorou ou sorriu,
A primeira pedra pode atirar.

Segurar uma rosa pelo caule,

Eis o desafio do Amor,
Na vida de tudo o ser se vale,
Mas juntos se evita a dor.

Amor em todos os sentidos,

Sempre sera belo e admirável,
Sejam casais, famílias ou amigos,
O Amor é sempre algo adorável.

Tal qual a beleza da Rosa,

E como o anseio do homem,
Pouco importa se verso ou prosa,
No Amor mas intenções somem.

Em nome dos Valentins de Roma,

Que tanto arriscaram pelo amor,
Sejam hoje suas vidas plena soma,
Como oferta da mais bela Flor.

E se o mundo se faz de pertencer,

Seja de todos a posse do Amar,
E que o um no todo possa renascer,
Afim de que a fé faça se renovar.