sábado, 1 de fevereiro de 2020

Respeitável Público

Senhoras e senhores,
Público distinto de qualquer mídia,
Entre maravilhas e horrores,
Qual é a sua imagem nesta Índia?

O que te fizeram enxergar?

Quais as tuas necessidades?
Publicas em terra ou mar,
Quais teus filtros de verdades.

Eis que um olhar detalhista,
Observando-lhe sempre estará,
Para atender sua premissa,
O que procuras ele mostrará.

Um ser que quase lê sua mente,
Em trabalho árduo ele observa,
Talvez sinta até o que tu sentes,
E deste sentir a si mesmo reserva.

E na mídia, atrás da cortina,
Ele faz uso de um enredo,
Que até o mais sóbrio desatina,
Faz de suas técnicas segredos.

Enquanto criam bordões, qual feitiço,
Que despertam "Emoção pra valer."
Você dirá "Amo muito tudo isso."
"Vai Que..." Seja difícil esquecer.

Abram-se então as cortinas
Que apresente-se num verso plenário,
Alguém que os pensamentos domina,
E muitos lhe chamam de Publicitário.

01/02/2020






sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

Na Cartola

De onde tirar um coelho?
Quantos olhares atentos,
Abracadabra no espelho,
Quanta magia em inventos.

Luzes e lenços nas cores,
De um olhar de criança,
Brotam mágoas e amores,
Mágica se faz toda a Ânsia.

Abra-te então ó Sésamo,
As portas dos sorrisos deslumbrados,
A magia age como um Bálsamo,
Em corações muitas vezes já cansados.

Nas Cartolas e mágicas varinhas,
Mãos hábeis mostram truques belos,
Mas a maior das mágicas se encaminha,
Quando se abrem das mentes os castelos.

Príncipes e as mais belas princesas,
Que habitam as mentes dos adultos,
Demonstram suas verdadeiras realezas,
Quando transparecem seus gentis vultos.

Aqueles escondidos sobre as couraças,
De feitiços lançados pra se dizerem fortes,
Efeitos de velhas ilusões de pirraças,
E de um orgulhos digno de pena de morte.

Recorrendo até a Dom Bosco de Turim,
Que Juventude se afaste do Trágico,
E cultive com imaginário Pirlimpimpim.
Doces atitudes para criar um destino Magico.

31/03/2020





quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

Sehnsucht (Saudade)

Olhando o passado distante,
Quantas coisas e pessoas ficaram,
Quantos olhares itinerantes,
Pelo passar do tempo Voaram.

Um dia pouco seria,
Pra ajuntar tanta lembrança,
Um poema jamais daria,
Para descrever o que se passa.

Saudade e um sentimento forte,
Um derivado do amor sentimento,
Mesmo doendo ela é sorte,
Retrato dos bons momentos.

E se o tempo permitisse,
Em um lapso a momentos voltar,
Quantas infâncias se visse,
Na certa saudade lá iria estar.

Qual é a cor da saudade,
Branca, negra ou azulada,
Seria ela pluma leve de verdade,
Ou uma enorme barra pesada?

Quantas dúvidas na mente,
Saudades de se ter certeza,
A vida trás laços de presente,
Mas deixa saudades desta riqueza.

No fim de um janeiro é certo,
Muitas lembranças sempre virão,
Nem importa se de longe ou perto,
Saudade é reflexo de ter bom Coração.

30/01/2020




A Lenda dos Muros

Uma vez, era, uma criança,
E a mesma criança cresceu,
O que do passado avança,
Construiu seu presente Eu.

Quantos leões e monstros,
Foram mortos no percurso,
Quanto caos nos escombros,
E qual o destino de seu uso.

Os muros estes belos muros,
Construídos com cada dor,
Acaso não são tão obscuros,
Quanto cada coração sofredor.

Quantos traumas cabem nos peitos,
O que eles provocam no adulto,
Reflexos de uma prisão de Direitos,
Ou das liberdades em excesso fruto.

A lenda dos muros é real,
Muitos caíram no passado,
Outros hoje passam pelo normal,
E bloqueiam dos seres o contato.

Já não são como grandes muralhas,
Mas fecham dos seres o coração,
Os muros de outrora tinham falhas,
Assim como estes do Agora então.

Caiam dos olhos as vendas,
Equilíbrio não pode ser restrição,
Excessos derrubam lares e tendas,
Mas medo destrói sonho e paixão.


30/01/2020