sábado, 11 de janeiro de 2020

Dois Iguais

Como se fosse ontem,
O calendário, mudanças, o ano,
Diferentes queriam que fossem,
As coisas que seguem falando.

Mas ao primeiro dia,
Se acrescentaram mais dez,
O número quase nem se via,
Que aos olhos se sobrou aos pés.

Piscando no mesmo chão,
Olhando os mesmos olhares,
Nada muda sem o coração,
Frequentar e respirar novos ares.

Deixa passar o tempo,
Que o onze é número apenas ,
Mesmo parecendo igual momento,
Sempre serão diferentes cenas.

Viver e mesmo isso,

As vezes eterno Dejavu,
Sequencia revista de um misto,
Dos pensamentos de norte a sul.

Caso pareça repetido,

mesmo os números do dia,
Os Valores nunca mudam,
E o bem trara sempre alegria

Se de primeiro a onze,

Os sonhos puderem repetir,
O premio é primeiro bronze,
Antes de qualquer ouro reluzir.

11/01/2020




sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

Lógica Binária

Parece um pouco extremista,
Resumir tudo a zeros ou uns,
Ou se tem alguma conquista,
Ou faz se a derrota de Alguns.

Mas esta é a real lógica,
Num resumo sem muita razão,
Toda Depressão é patológica,
Só se pode ser Feliz ou Não.

De ser ou não ser,
Entre o presente e ausente,
A vida é um Crer ou não crer,
Ou se é bicho, ou se é gente.

Junta se um e zero doze vezes,
Num certo calendário Romano,
Doze dias dez para viveres,
Enquanto se passa mais um ano.

Muito se programa com binários,
Decidindo se será não ou sim,
Os códigos poderão ser meios vários,
Mas as escolhas é que levam ao fim.

E mesmo que o fim justificasse,
Cada meio tomado sem lógica,
Antes que o tempo se passe,
Tudo trás consequências sem mágica.

E se o zero e um faz o dia,
Cada momento é importante,
Esta e só mais uma poesia,
Para valorizar alguns instantes.

10/01/2020



quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

Fico

Bravura em ato celebrado,
Quando o príncipe de outrora,
Desafia a família em desagrado,
Decide ficar por aqui em seu agora.

Para o bem de todo um povo,
Felicidade geral da Nação,
Fica o príncipe no chão novo,
Para fundar um novo brasão.

Ouviram do Ipiranga,
Na verdade antes de ouvirem,
Num Janeiro a levantar a manga,
E novos ventos hão de surgirem.

Ficou na terra de Vera Cruz,
Claro que com seus interesses,
O homem da Ordem que feliz,
A terra do Quinto e seus seres.

Naquele dia muitos sorriam,
Sabendo do valor da decisão,
Dom Pedro com os seus traziam,
No Fico, puros  ares da libertação.

Da colônia que levou o ouro,
Das matas o madeiro vermelho,
E para trás deixou ferido o couro,
De um povo em seu espelho.

Mas deste pais o que seria,

Nao fosse cada detalhe da história,
Mesmo os mais negros dias,
São necessários que Ficar na memória.





quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

Olhos para que vejam

Além do que a Imagem mostra,
Coração capaz de captar,
Tudo que um olhar gosta,
Fica lindo ao Fotografar.

Pássaros, bosques e Flores,
Nesta terra onde a natureza,
Enfeita, o espaço com cores,
Bendito o olhar que eterniza.

Dos filmes, que não mais se revelam,
Aos cliques digitais de cores vivas,
Ao olhar dos que a vida admiram,
Fotografar é dar asas as dádivas.

Tantas as formas de ver o mundo,
Eis que a Imagem muda tudo,
Torna cada detalhe mais profundo,
E destaca as luzes ao absurdo.

Aos olhos do fotografo,
Cada angulo tem o seu valor,
A luz, a sombra e cada traço
Remete a arte frieza ou calor.

Pintura fiel é a Fotografia,
Nela no tempo, viajar se pode,
Toda foto e congelada poesia,
Escultura de um momento forte.

Ao Fotografo um brinde de paz,
Quando retrata da velhice à infância,
Com os matizes do que não volta mais,
Porém, com a envelhecida cor da Lembrança.


08/01/2020