sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

O Canto

No canto escuro da sala, 
O tímido menino se encanta,
Lá ninguém quase o repara,
E ele repara o pássaro que canta.

O Canto que ecoa em sua mente,
É bem mais que Canto é um grito,
Qual o pássaro que espalha a semente,
Em seu canto tudo se faz bendito.

Canta ele, os males espanta,
Os seus fantasmas fogem do canto,
E ele vê em imagens, uma Santa,
Que lhe aconchega em seu Canto.

O Canto é bem mais que espaço,
E lá a timidez lhe protege,
Até que seus nervos tornem se aço,
E de um canto Seu sonho se emerge.

O Canto de tudo há de falar,
Dos sinos, da noite, dos anjos,
Segredos não se há de guardar
Do canto sai o ódio, surgem beijos.

O Amor se resigna em seu canto,
Cantando canções de Amor,
A vida se faz mais bela por encanto,
Magia dos sonhos desfaz a Dor.

No canto escuro da sala,
Se prepara o vento da mudança,
As palavras que a vida embala,
Num canto se faz qual Música e Dança.


13/12/2020






Existência


Tudo tem seu início,
Num dado momento no tempo,
Presépios, tradições ou princípio,
Tudo se faz a seu devido momento.

E é justo que mesmo o tudo,
Se faça de um simples começo,
Por mais imenso, complexo e profundo,
Mesmo o barulho nasce de um silêncio.

Não é a imagem de um menino,
Em sua meiga manjedoura,
Que mudará qualquer destino,
Mas dela a história é vindoura.

Daquela pequena cena,
Onde é exaltado o Pequeno,
Surge um Divino Dilema,
Deus acaso Não é Pleno?

No meio dos esquecidos,
Dos simples e rejeitados,
Se manifesta aos ensurdecidos,
O que eleva os Humilhados.

Existência e Persistência,
Manifestando se em "Soul"
Aquele que é em Clemencia,
Aquele que existe e que sou.

Em Suas tantas Traduções,
O Verbo que carne se faz,
Para se aproximar dos Corações,
E reviver o que de bom Jaz.

13/12/2019



Origens

Tudo tem seu início,
Num dado momento no tempo,
Presépios, tradições ou princípio,
Tudo se faz a seu devido momento.

E é justo que mesmo o tudo,
Se faça de um simples começo,
Por mais imenso, complexo e profundo,
Mesmo o barulho nasce de um silêncio.

Não e a imagem de um menino,
Em sua meiga manjedoura,
Que mudará qualquer destino,
Mas dela a história é Vindoura.

Daquela pequena cena,
Onde é exaltado o Pequeno,
Surge um Divino Dilema,
Deus acaso Não é Pleno?

No meio dos esquecidos,
Dos simples e rejeitados,
Se manifesta aos ouvidos,
Plenos Cânticos iluminados.

De celestes criaturas,
Que ao menino rendem graças,
Enquanto nos templos as luxúrias
Corroem o que santo qual traças.

Tudo tem seu início,
Neste fim de poema até o Acorde,
Começa com uma nota, um ofício,
Findem-se as mentiras de sul a Norte.

13/12/2020



quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

Boas Féstas

Creio no tempo que passa, 
Passando num tic tac frenético, 
O tempo trás o tempo das passas,
Entre tantos dilemas não tão éticos.

Enfeites piscam em um olhar,
Pessoas pensam em Presentes,
Sorrisos belos voltam a Brilhar,
As Festas habitam nas várias mentes.

Não minta tempo, pois não há tempo, 
Para alguns é verão para outros Inverno,
Mas faz-se sagrada uma pausa, momento,
Para se repensar em algo belo e Terno.

Nasce um menino na simplicidade
Entre os pobres e pastores, surgem anjos,
Anunciando a nova luz da Verdade,
E o Verbo se fez carne, entre estes arranjos.

O tempo frenético com tics e tacs,
Dá espaço ao som de um sino,
Que tocando trás seus destaques,
Convida a refletir o que é Divino.

Finda o Ano e outros vem,
Com seus Magos e pastores,
Seja aqui ou lá em Belém, 
E preciso se ofertar bons valores.

Não somente ao doce Menino,
Mas a aquele que mostrou o céu de verdade,
Rasgando o véu do templo tão pequenino,
Para anunciar a Graça Divina na Humanidade.

05/12/2019