Eis que o tempo
traiçoeiro,
Resolveu para trás
andar,
Quando me deitei no
travesseiro,
Como criança fui
acordar.
Na escola eu tinha
que ir novamente,
E lá me reencontrei
com os amigos,
Sorri, brinquei, e
soltei a mente,
E me escondi de
alguns inimigos.
Não vi o palhaço de
novo,
Pois não me lembro
de ir ao circo,
Mas vi os risos e
olhares de um povo,
Que fez meu passado
ser tão rico.
Mesmo na estrada de
terra,
Brincando na rua de
piçarras,
Mesmo nunca tendo
descido a serra,
Minha praia era
rica de palavras.
Vi o trigo, o milho,
a soja e o algodão,
Ah! Tão branco
algodão e macio,
Que arrancava até
sangue da mão,
Mas era divertido
molhar-se no rocio.
Belas plantas Matos
e flores,
O futebol de rua os
heróis,
Uma aquarela de
tons e cores,
Coisas de mim e de
um nós.
Aquele menino tão
tímido,
Às vezes ainda
acordado se lança,
Mas este foi um
sonho já vivido,
Que hoje, sempre
enfeita a Lembrança.
11/10/2019