quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Falsos Olhares


A Impressão as vezes,
E que a Tinta Acabou,
Nada se vê nos dizeres,
O que é impresso restou.

Vida sem medo, Vazio,
Sonho, sono, Canção,
Entre o Calor e o frio,
Falsos Olhares em vão.

Muito discurso ao redor,
Tanto dizem e não se faz,
Tudo Seria Bem melhor,
Se houvesse papel pra Paz.

Elogios a quem se vê,
A vida é só um detalhe,
Tudo se pode e se crê,
Pouco se lê, não se abale.

Mais que Anseio,
Tudo é apenas rascunho,
Tão bonito, tão feio,
A vida segue seu rumo.

Vale o Texto e o poema,
As palavras que saem do papel,
Tudo é apenas Dilema,
Tantas palavras numa Babel.

E a torre de falsos olhares,
Perde-se, sem comunicar,
Imprime-se em tantos altares,
O medo de um Falso Olhar.

26/10/2016

Base de Imagem: Personagem O Coringa (Cinema)



terça-feira, 25 de outubro de 2016

Pulsar


No Pulso o sangue pulsa,
Mais um dia que se passa,
Pulso que não lhe expulsa,
Pulsa um sonho que transpassa.

Cansaço bate na mente,
O sorriso o sono o sonho,
Tudo que a gente sente,
Medo pleno do abandono.

Stress também é poesia
Tudo gira tudo roda,
E a gente quem diria,
Céus, este mundo da volta.

Ontem se era aprendiz,
Hoje se ensina o que sabe,
Ontem muito se quis,
hoje pouco se cabe.

Condão Mágico do tempo,
Traz de volta a infância,
Hoje mesmo bom o momento,
Saudade marca a constância.

Pulsam ideias num sorriso,
O pulso quer bater forte,
Apanha a vida do juízo,
O que será azar ou sorte?

Sete versos de perfeição,
Neste imperfeito ser pulsa,
Exclua-se a Discussão,
Na escola da vida que se cursa.

25/10/2016


Base de Imagem: Internet + Edição -Pulso Eletromagnético



segunda-feira, 24 de outubro de 2016

As Faces


Em uma saída de metro,
Tantos rostos, tantas faces,
Gente que fica e voltou,
Gente de todas as classes.

Fulanos, Ciclano e Beltrano,
Tímidos, alegres e baderneiros,
Gente para descansar ou passando,
Achados perdidos e certeiros.

Um dia um ano muito tempo,
A vida segue todo segundo,
Transporta-se todo momento,
Pessoas buscando seu mundo.

Estudantes e sonhadores,
Profissionais e aprendizes,
Amizades, romances e amores,
As vidas e suas crendices.

Ei calma aí maquinista,
Gente não segura a porta,
Não atrasa nessa pista,
A corrida que mais importa.

Sem choro nem vela,
“Bora!” Segue o trem, pra frente,
Segue a vida Passarela,
Muitos sonhos dessa gente.

Segue o trem, que tem corrido,
Lotado de caras em um rosto,
A vida, e o que todos tem vivido,
Cada Sonho tem seu imposto.

24/10/2016

Base de Imagem: Internet - Estacão da Luz Sp


domingo, 23 de outubro de 2016

Direções

Vagando em si a Poesia,
Pergunta se como Atriz,
Qual meu papel na Melodia,
“Quem sou eu”, poema que fiz.

Nesta película tão curta,
Curte ser a Diretora,
Criar cenas do que furta,
E dos Sentimentos aflora.

De poeta em poeta,
De poema em poema,
De flor a folha incerta,
De Drama a mero dilema,

Nos papeis e pergaminhos,
Digitada, impressa, escrita,
Se dirige entre carinhos,
Ou entre a dor bendita.

Ela que inspira os loucos,
Vinho dos insanos apaixonados,
Flor dos que se vão aos poucos,
Companheira dos abandonados.

Sua Direção é infinita,
Assim como suas rimas,
Sentimento que mudo grita,
Enquanto tudo busca os climas.

E quando cessarem as dúvidas,
Fecham se as cortinas teatro,
Curam-se por ti as feridas,
Poesia é Enfeite a cada Fato.


23/10/2020