quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Esmolas


És faca de dois gumes,
Tu que já foste um deus,
Abençoando em seus cumes,
Hoje mata devotos seus.

Escondida em pífias moedas,
És para muitos, fétida escória,
Ópio das ricas nações cegas,
Dádiva da morte de toda história.

Tuas pontes ao nada levam,
Quando és o domínio do ser,
Te tornas esmola aos que choram,
E prazeroso senhor do desprazer.

Enlouqueces por tua presença,
E o poder de ti se alimenta,
De ti fazem a cura e a doença,
Garantes calmaria e Tormenta.

Cachaça, Sangue e Suor,
Na pobre e fria Noite,
És tú que Mostras o melhor,
Por ti muitos aceitam açoite.

Esmola de sonhos perdida,
Desejo que a aquece a alma,
Riqueza por tantos pedida,
Dinheiro ensandecido pela calma.

Tua chama revela a arte
Teu fogo recria os vícios,
Rimas pobres por toda parte,
Qual o Poder dos Patrícios.


06/10/2016


domingo, 14 de agosto de 2016

Ragazzo Cattivo

Santo ou Não, tem sua nobreza,
De Teu suor se constrói o futuro,
Exemplo é o bom pai por natureza,
Arrastando o mundo, trabalho duro.

Cada qual com sua personalidade,
Alguns mais calmos outros brutos,
Eternos meninos desafiando a realidade,
Colhendo de si mesmo os melhores frutos.

Embora na fuga há quem peque,
No medo ou na irresponsabilidade,
Ser Pai é cuidar de flor que se regue,
É tirar de si para construir a realidade.

A revolta as vezes há de brotar,
No peito há homens que levam dores,
Cicatrizes de um esquecido sonhar,
Ou marca de seus próprios desamores.

Rebeldia que na luta é controlada,
No fundo cada pai o melhor deseja,
Se isto não for há escolha errada,
Mas um dia se sabe a fatura chega.

Estas mãos hoje calejadas,
Criaram com orgulho sua história,
Quantas dores na cesta há guardada,
Em cada conquista gravada memória.

Há em cada pai um menino rebelde,
Que um dia na certa lutou contra tudo,
E que neste poema homenagem recebe,
De muitas famílias os pais são Brasão e escudo.

14/08/2016


sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Rumos


Gente se dobra e desdobra,
Tentando achar solução,
Nem tudo é como se cobra,
Nada se paga com paixão.

Na vida há medo de sobra,
Gente que escreve emoção,
Gente que fala e que logra,
Sem logradouro em razão.

Que rumo toma as rimas,
Para onde rumam as canções,
Que direção há nas esquinas,
Para onde levam as ilusões?

Tantos caminhos se perdem,
Poucos agem por noção,
Vidas que passam e seguem,
Tentando ouvir o coração.

Insano e qualquer conceito,
De que se tenham tudo na mão,
O rumo correto e ou direito,
Está sempre em construção.

Dominar não é ter conhecimento,
Quem domina os rumos convence,
Só resta a quem crê o momento,
De rumo em rumo um dia se vence.

O sonho é devaneio da Sanidade?
Ou o caminho dos Loucos desejos?
Quem sonha, duvida da verdade,
Ou flerta o impossível com ensejos.

12/08/2016




quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Acordados

Sonho ou realidade,
De acordo com o futuro,
O acordo sem vaidades,
Vem superando qualquer muro.

Sonhamos muitas façanhas,
Eu e Tu, nós e nossos planos,
Das mais simples as estranhas,
De coisas reais, a meros Sonhos.

Acordados neste louco mundo,
Provando aos que acharam loucura,
Que o impossível é um gerúndio,
Verbo inapto ao hábito Tortura.

Fácil? Quem disse que seria,
Nas rosas, há o risco de espinhos,
No amor, nem tudo e mera poesia,
Sem suor não ha o sabor do Vinho.

Acordar com o dia,
Amanhecer a Teu Lado,
Presença que traz alegria,
Presente, Futuro e passado.

Se o tempo já passa e corre,
Seja cada dia uma serenata,
Cada mês seja uma estrofe,
Neste poema quase Cantata.

Sete Meses e um só coração,
Sei que o amor é infinito,
Desejo bem mais esta versão,
De acordar, o que é tão Bonito.

03/08/2016