Pro inferno com os sonetos,
Quem foi mesmo Camões?
A arte em toda parte efeitos,
Loucuras, versos idiotas, canções.
Um toque de vida na arte,
Um toque de arte na vida,
Morta a natureza em toda parte,
De que serve a poesia q'este recita.
Pinceladas de ironia na beleza,
No diabo, tons de divindade,
Coroas de flores nas certezas,
E tinta preta sobre o que é verdade.
Auréolas santifiquem o medo,
E o disfarcem como mero temor,
Plastifiquem as formas co segredo,
Ilumine se a dúvida com o furor.
Pro limbo com a arte
Tudo que era já não é mais
Torna se o belo objeto e descarte,
Penso logo, desisto não há paz.
Ei! O que esperas olhando,
A fama e uma jovem prostituta,
Eis ela ali contigo flertando,
Já duvida se é certa a boa conduta.
É tudo um show, De que importa?
E este não pode parar loucura,
Dante abra do inferno sua porta,