quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Recital das Amizades

Numa só panela,
Misture Turmas, e Gente,
Uma pitada de todas elas,
E muita gente inteligente.

Idéias soltas, mentes livres,
Excessos a serem contidos,
Risadas, sonhos deslizes,
Olhares extrovertidos.

Respira, mas não exagera,
Respeito e amores perdidos,
Pode o que não desespera,
Liberados os bons Fluidos.

Gramado escorrega,
Procura se as chaves da vida,
Vale até beijar as cegas,
O tempo voa nessa corrida.

Brilho desejos afloram,
Um brinde ou vários deles,
A música e corpos imploram,
Liberdade, sonhos prazeres.

Água, piscina e sol,
Fantasias e gente que grita,
Loucos? Não peixes sem anzol,
Nadando no que os conflita.

Se o tempo pudesse parar,
Muita gente ali ficaria,
Quebrando cadeiras, sem chorar,
Fazendo valer cada dia...

03/12/2015


quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Duas vias

Se vai, voltará,
Caminho da lógica,
Destino seguirá,
Eis a alquimia mágica.

Dissipa e receberá,
Momentos cruzados,
Até onde isso levará,
Presentes e passados.

Ceifadores de lembranças,
Tornarão invisíveis as memórias,
Jovens idosos ou crianças,
Fragmentos de muitas histórias.

O amanhã e um destino incerto,
Antes próximo ao bem mútuo,
Que ter mentiras por perto,
Pra colher de volta falso fruto.

Eu onde está o caminho,
Porque tanta gente na multidão,
Andando perdido e sozinho,
Acompanhado de um vazio coração.

Duas vias destino inocente,
Caminhos soltos falas cortantes,
Dois gumes que se sente,
Dois lados tantos instantes.

Se o ter vale mais que o ser,
Vale mais olhar o futuro,
Se o passado se perder,
Desconhecido, o pranto será duro.

25/11/2015


domingo, 15 de novembro de 2015

Teu nome é Antonio

Neste mundo de contraste,
Tu es antônimo da tristeza,
Trabalho luta e desgaste,
Paixão amor e Dureza.

És o sapato que pisa o chão,
A mão que em calos se desfaz,
O homem de bom coração,
De seu rebento, és a paz.

Um grito, em firme voz de vida,
Exemplo sorriso e pensamento,
Longa estrada, as vezes sofrida,
Cansado olhar que traz Alento.

Neste mundo de antônimos,
Seu exemplo e de certeza,
Teus desejos são sinônimos,
Do querer de quem paz almeja.

És ferramenta do Céu,
Afiado machado de opinião,
História livre quase um cordel,
Literatura de sua emoção.

Voz suave de conselhos,
Por que lhe ensinou a vida a sorrir,
Entre emaranhados novelos,
Aprendeste a hora de ir e vir.

Neste Mundo de Antônimos,
Contrastes perdidos em parte,
Teu nome simplesmente Antônio,
Tua vida quase uma Obra de Arte.


sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Espelho meu

Rainha Chronus,
Madrasta das horas,
Peso de todo ônus,
Mãe plena do Agora.

Espelho das rugas,
Do futuro, o medo,
Causadora de suicidas fugas,
Dos tensos momentos segredo.

Reflexo do que se esperava,
Dor do não alcançado,
Invocação do que estava,
Magia nula do Passado.

Mentira do que leva o espirito,
Falsa e triste enganação,
Artifício do mundo corpo aflito,
Poder que atrofia o coração.

Refletir o que virá,
E tentar matar o que nem nasceu,
Espelho apenas mostrará,
Reflexos nulos de um Coliseu.

Teatro das infernais borboletas,
Que perseguem mostrando o eterno,
Tudo se esvai ao soar de trombetas,
Apenas o agora pode ser Terno.

Palavras, feitiço do Desejo,
Não queira eu matar o que é belo,
Façam se Ternuras de um beijo,
Este Cenário de um grande Otelo.



 13/112015