quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Movimento


Parado, nada sai do lugar,
Sem rumo não existe Destino,
Cansado estaria quem esperar, 
Destino, sempre se faz no caminho.

Hoje já é o ontem,
Amanhã as vidas se cruzam,
Luzes do que era Amém,
Se façam forças e induzam.

Dia após dia, tudo se move,
Prosa e poesia soltam-se no ar,
Nada já é tudo e comove,
O medo de Parado esperar.

Pé após pé, caminha,
Mesmo o mesmo já indiferente,
Louca dor antes sozinha,
Agora grita muda, fria e quente.

Movimento, ausência do nulo,
Presença do que se faz,
Mover é saltar em um pulo,
Rumo a mover o mundo pra paz.

Mas prazer, nem tudo agrada,
Viver é eterno contraste,
Agrada-se com quase nada,
Medo que a vida apenas passe.

Espelho devolva o reflexo,
Não quero esta, distorcida imagem,
Ser côncavo, louco, complexo,
Converge aos que já interagem.


20/08/2015




terça-feira, 18 de agosto de 2015

Pequena Estrela


Brilho vário,
Céu azul cristal,
O canto livre de um Canário,
Luz brilhante, bem ou mal.

Cada dia,
Outras possibilidades,
Rumo, caminho ou via,
Órbita das realidades.

Grão de areia,
Nas Voltas do destino,
Impulso, Força alheia,
Desejo de estrelas caindo.

A vida não passa,
De um caminho trilhado,
Sim a vida sempre passa,
Estrelas ainda brilham do passado.

Épica corrente,
Sonhos e desilusões,
Verdades de quem mente,
Certezas e contradições.

Pequenas estrelas,
São as vidas e seus elos,
Alegrias, não se deve conte-las,
Amizades, amores, sorrisos belos.

Pequena rosa,
De um planeta, ventos distantes,
Amor, história em prosa,
De tantos loucos, príncipes errantes.

18/08/2015





segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Revolta

Nas ruas o Desespero,
Armas do descontentamento,
Medo luxuria e desterro,
Ordens sem rumos, momento.

Que um filho teu não foge à luta,
Pátria amada tu Verás,
Mas este despreparo sem conduta
Aos que pensam medo deixarás.

A loucura está nos olhos de quem vê,
Mas não olha toda a situação,
Insanidade se espalha pela rede e Tv,
Poucos sabem quem faz a constituição.

Gritos loucos, berros roucos,
Palavras de Ordem pra quem,
Se quem tem poder nos acha loucos,
E prefere o povo só dizendo amém.

A mente abre, olha o céu,
Horizonte nulo, amanhã incerto,
Revolta de uma torre de babel,
Línguas afiadas, afastam quem está perto.

Ficar esperto é preciso,
Todos navegam no mesmo barco,
Pensamento coeso ou indeciso,
Pode mostrar um novo marco.

Ofensas na rua e preconceito,
Não resolvem nenhuma discussão,
Alinhar ideias, ouvir é um jeito,
De buscar alguma solução.



17/08/2015


sexta-feira, 14 de agosto de 2015

O Risco

Viver é andar numa corda,
Equilibrando paz e medo,
Flerta com o perigo quem acorda,
Viver é desafio não há Segredo.

O código programado,
Em linguagem única,
Sem futuro de um passado,
Doce ilógica, lúdica.

Onde o poder domina,
E apagam se vidas escritas,
Os rumos onde se caminha,
Se perdem em novas palafitas.

Moradas da consciência rasa,
Suspensas num lodo de medo,
Queimam e ardem qual brasas,
As vidas cravadas em segredo.

Risco de vida e de morte,
Ardem corações em seu fogo,
Risco de sonho e de sorte,
Arriscar cada segundo neste jogo.

Amar e andar pela rua,
Será que ainda é seguro,
A pele vestida anda nua,
Aos loucos que dominam pelo tiro.

E o amanhã, nem sempre garantido,
Se esconde cada vez mais na neblina,
Para a sorte dos que já tem vivido,
E risco dos que seguem a rotina.


14/08/2015