quinta-feira, 23 de abril de 2015

Viagem ao infinito

Se não tem limites a mente,
Por que deixar que escondam segredos,
Por que ouvir ao que mente?
Se há um caminho sem medos.

Capa ilustrada de um voucher,
De destino inesperado,
De informações de um viver,
De futuro, presente e passado.

Um mundo que se edifica.
Em ficções ou realidade,
Destino onde a vontade fica,
E as páginas viram verdade.

Infinito, finito que soma certezas,
Não importa se de longe ou de perto,
Para vislumbrar mil belezas,
Basta ter em mãos um livro aberto.

Paira o vento, segue o rumo,
A viagem é sem parada,
Chora, RI e perde o prumo,
Viver se torna até uma piada.

Eis o poder dos feitiços,
Da mente do escritor,
Livros são magia sorrisos,
Fruto em Palavras de Amor.

Ler não deveria ser sacrifício,
Livros são alimento do ser,
Pequenos refúgios, artifícios,
Infinitos mundos de um querer.


23/04/2015



quarta-feira, 22 de abril de 2015

Terra a Prazo

Concreto desejo fiel,
De expandir por conquista,
Navegavam por D. Manuel,
As naus que viam terra a vista.

E tudo se foi, a prazo,
O ouro a madeira a riqueza,
E a vera cruz viu se ao descaso,
Após forjada sua beleza.

Mas eis que um filho seu,
A luta não há de fugir,
Independente até da morte,
Brasil é capaz de ressurgir.

Tanto faz que se retoca,
Mesmo em parcelas infinitas,
Seu berço tem luz que enfoca.
Em brilho de lutas benditas.

Teus séculos de dívidas,
Hoje refletem em teu povo,
Mas estas raças sofridas,
Lutam com sangue novo.

Renovam os rostos os sonhos,
A prazo esperam do futuro,
Realização de seus planos,
Quem sabe destino menos duro.

A prazo pagam com suas dores,
Para poupar os descendentes,
Quiçá se formem novos doutores,
Humildes, mas inteligentes.


22/04/2015

terça-feira, 21 de abril de 2015

Apelo a Inconfidência

Não esconde os seus Desejos,
Aquele que o bem quer,
Não necessita de segredos,
Pois há de agir de boa-fé.

Não decide as escondidas,
Não esconde aos pequenos,
As consequências em suas vidas,
E não dá em troca de água, venenos.

Não apela a força que mata,
Apela as ideias e a clemência,
Não deseje heróis de espada,
Seja herói desta Inconfidência.

Apelo as vozes para que gritem,
Nas situações em que estão descontentes,
Não se deixem calar pelo medo,
Sejam os novos Inconfidentes.

Registrem, publiquem, assinem,
Pensando no bem comum,
Todo poder de um povo vem,
Quando o povo se torna um.

Não tenham sido em vão,
As mortes de nossa história,
Inconfidentes deem-se as mãos,
Mantendo Viva a Memória.

Não se repitam atrocidades,
Em nome de Ordem ou de leis,
Ecoem por todas as Cidades,
Que pela paz, Inconfidentes vós sereis.

21/04/2015


segunda-feira, 13 de abril de 2015

Cansaço

Caminho, destino, Acaso,
Chamado de vários nomes,
Os dias seguem descaso,
Sem ter razão ou sobrenomes.

Peças encenadas em tom lúdico,
Com suas sequências repetidas,
Cansam ao olhar do público,
E aos atores de suas vidas.

Ficam mudos, todos correm,
Maldizendo as segundas, bestas,
Se esquecem que todo morrem,
Imploram que cheguem as sextas.

O cansaço é inerente ao viver,
Quanto mais intenso maior será,
Não há cansaço até no prazer?
O bom do cansaço é o se cansar.

O suado salário, a balada agitada,
O porre, a noite quente, tudo cansa,
Mas tudo isso não valeria de nada,
Se pós tudo, não houvesse bonança.

Cansaço é também dadiva divina,
Respeitados limites do corpo,
E um misto de emoções que combina,
Desgaste e satisfação como um todo.

Descansa o corpo, a mente e a alma,
Na vida, há para tudo, momentos,
Haverá Correria, haverá Calma,
Assim como Poesia e Tormentos.


13/04/2015