terça-feira, 21 de abril de 2015

Apelo a Inconfidência

Não esconde os seus Desejos,
Aquele que o bem quer,
Não necessita de segredos,
Pois há de agir de boa-fé.

Não decide as escondidas,
Não esconde aos pequenos,
As consequências em suas vidas,
E não dá em troca de água, venenos.

Não apela a força que mata,
Apela as ideias e a clemência,
Não deseje heróis de espada,
Seja herói desta Inconfidência.

Apelo as vozes para que gritem,
Nas situações em que estão descontentes,
Não se deixem calar pelo medo,
Sejam os novos Inconfidentes.

Registrem, publiquem, assinem,
Pensando no bem comum,
Todo poder de um povo vem,
Quando o povo se torna um.

Não tenham sido em vão,
As mortes de nossa história,
Inconfidentes deem-se as mãos,
Mantendo Viva a Memória.

Não se repitam atrocidades,
Em nome de Ordem ou de leis,
Ecoem por todas as Cidades,
Que pela paz, Inconfidentes vós sereis.

21/04/2015


segunda-feira, 13 de abril de 2015

Cansaço

Caminho, destino, Acaso,
Chamado de vários nomes,
Os dias seguem descaso,
Sem ter razão ou sobrenomes.

Peças encenadas em tom lúdico,
Com suas sequências repetidas,
Cansam ao olhar do público,
E aos atores de suas vidas.

Ficam mudos, todos correm,
Maldizendo as segundas, bestas,
Se esquecem que todo morrem,
Imploram que cheguem as sextas.

O cansaço é inerente ao viver,
Quanto mais intenso maior será,
Não há cansaço até no prazer?
O bom do cansaço é o se cansar.

O suado salário, a balada agitada,
O porre, a noite quente, tudo cansa,
Mas tudo isso não valeria de nada,
Se pós tudo, não houvesse bonança.

Cansaço é também dadiva divina,
Respeitados limites do corpo,
E um misto de emoções que combina,
Desgaste e satisfação como um todo.

Descansa o corpo, a mente e a alma,
Na vida, há para tudo, momentos,
Haverá Correria, haverá Calma,
Assim como Poesia e Tormentos.


13/04/2015

quarta-feira, 25 de março de 2015

Era Para Ser Eterno

Era para ser eterno,
O sorriso radiante,
O abraço terno,
O momento, o instante.

Era para eterno, ser
O amor, a alegria,
O desejo o querer,
A música e a poesia.

Para sempre,
Mesmo que amanhã,
Por efeito da mente,
Virasse memória vã.

Era para ser memória,
A flor que desabrochou,
As lutas de nossa História,
E um pouco de tudo que passou.

Era para ser eterno,
Mas o eterno é a gente que faz,
Sofrer não tem nada de moderno,
É terno o amor e a paz.

Era para ser hoje, então,
O dia eterno de alegria,
Se em ti houvesse gratidão,
Pelo seu despertar magia.

Neste mundo de milagres poucos,
De descrença na felicidade,
De unidos indivíduos loucos,
Que sangram nos olhos maldade.

Estamos vivos,
Se não tem a quem amar,
Ame a vida, os sorrisos,
E eterno será seu despertar.



25/03/2015




domingo, 22 de março de 2015

Belas Notas

Ouço a música,
Belas notas, soltas cordas,
Baixa e rústica,
Vibrante e quase morta.

Ouço a música suspirar,
Matematicamente cada acorde,
E a preguiça samplear,
Cada criação, hei Senhor “Lord”.

Não permita, diga e explica,
Cada vulto cada voz e instrumento,
Tudo respira em uma música,
Mesmo sem palavras, tem sentimento.

Poesia grita muda,
Tenta explicar aos ouvidos,
Que prazer e dor profunda,
Não se expressam só por gemidos.

Canta sem querer todo corpo,
Num samba bem ritmado,
Música é um ser absorto,
Sem tempo, presente ou passado.

Bossa, clássica ou eletrônica,
Tom maior ou menor pauta,
Rock, Jazz, Blues ou Sinfônica
Boa música faz sempre falta.

A música a alma alimenta,
É água ao seco espírito,
Acalma a pior tormenta,
E reanima o olhar caído.



22/03/2015