sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Ver de tudo

Ver de tudo,
Neste nada,
É tempo perdido,
Aura inflada.

Cheio de lógica,
Louca e insana,
Tão ilógica,
Qual um elefante que plana.

Verde seco,
Tudo triste,
No deserto,
Feito a riste.

Se antes algo,
Fizesse a mão,
Verde em alto,
Para mudar opinião.

Vê de tudo que se vai
Ver te em dores,
Filhos, Mãe e Pai,
Verde já não há em flores.

Ver de Esperança,
Ainda há sementes,
Ver plantar a mão criança,
Só verdades reluzentes.

Ver demais dói,
Verde em tudo que havia,
Salvem os céus, a todos nós,
Que verde não vire só poesia.


21/11/2014



quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Quem?

João, José ou Maria,
Barack, Kesia ou Kenia,
Quem faz da Vida Magia,
Quem faz a dor mais amena.

Quem escreve as novas Histórias,
Quem olha de novos palmares,
Zumbi's de tantas memórias,
Escravos de tantos olhares.

Inconsciente sensação,
De que a dívida ainda existe,
Nas ruas desilusão,
Nas simples casas olhar triste.

Quem são estes negros rostos,
De onde vem essa herança,
Por que irradiam desgostos,
Por que tal desesperança,

Ergue tua cara, mostra tua cor,
Dignidade é uma conquista,
Mostra ao mundo teu Valor,
Negro vem ser realista,

Sem inverter o Racismo,
Não importa nome raça ou cor,
Vamos valer-se do Altruísmo,
Encher o mundo de Amor.

Sem nomes, sem cores distintas,
Fazer do sonho um igual,
Pintar um mundo sem Tintas,
Com a consciência Geral.

20/11/2014


terça-feira, 18 de novembro de 2014

Mitologia das Mentiras

Mitologia,
De inverdades,
Ideologia,
Das Vaidades.

O Egito já passou,
Deuses, já são múmias,
E quem acreditou,
Já se foi a muitas Luas.

Sera que ainda há,
Quem acredite no Deus Faraó?
O tempo não vai parar,
Tudo se torna Pó.

O imperador mandou dizer,
Que Roma e Grécia e seus impostos,
Impostores cobrando pra viver,
Caíram ou foram todos depostos.

As ditaduras mal vistas,
também aos poucos foram derrubadas,
Mas o reino das mentiras,
Ainda reina pelas ruas e calçadas.

Comodo seria o verso dizer,
Que tudo já esta resolvido,
Por isso ditam e aceitam no viver,
Mentiras sussurradas ao pé do ouvido.

Acorda língua voraz,
Que devora a verdade com mentiras.
O preço de tudo que se faz,
Pode se tornar uma mitológica Ira.

18/11/2014


sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Me arresponda pur favô

"Me arresponda meu sinhô,"
Que destino será o dessa gente,
Que tanto se acha "superiô",
A ponto de se desfazer de gente.

Me diga pra onde vai,
Todo esse desprezo descrente,
De quem vê Deus como Pai,
Mas não tem nem, o irmão em mente.

Mente descaradamente,
Diz não precisar de ninguém,
Mesmo com a morte em frente,
Acha que está tudo tão bem.

Gente que esperneia na terra,
Dizendo que tudo é um inferno,
E acha que sempre está em guerra,
Depois vem jurar amor eterno.

Pra onde vai essa gente,
Será que família isso tem,
Ou esse bicho é inocente,
Ou acha que é Deus seu refém.

Será que isso pensa, razão,
Ou só justifica seus atos,
Que que tem isso no coração,
Que o "zoio num" enxerga os fatos.

Desfaz do simples com ódio,
Corrige o mundo ao falar,
Se acha vencedor, em seu pódium,
Mas deixa seu amor pó virar.


14/11/2014