segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Egocentria

Lutar e conquistar,
Eis a programação,
Mas como encaixar,
Os códigos do Coração.
Neste meio egoísta,
Demonstrar compaixão,
Gera um código suicida,
Que resulta em falha então.

Saia do meio,
Ha um meio pra tudo,
No meio, sem receio,
Há mais seres neste mundo.

E no meio do nada,
Vê se o ser ficar perdido,
História condicionada,
Para o mal ser mais querido.
Tudo tão manipulado,
Maquiavel a quaisquer custos,
Importa o conquistado,
Danem se os meios sujos.


Aqui se faz aqui se paga,
Tudo tem conseqüência,
Inocente, sabe nada,
O futuro leva pendência.
Não há centro no mundo,
Tudo tem sua ligação,
E Egoísmo profundo,
É código de Punição.

Há muito mais nesse mundo,
No meio sem receio,
Sempre há meios para tudo,
Se sair para buscar meios...



13/10/2014


terça-feira, 7 de outubro de 2014

Em Decisão

Às vezes indeciso,
Só as vezes, quase sempre,
Era um grito não coeso,
Um sussurro, de repente.

Memória fraca,
Luzes piscam com frequência,
Mas o que emplaca,
É o medo e a desistência.

Grita a alma,
Cala-te a boca,
Fala com Calma,
Que a paciência é pouca.

Medo...
Tic tac, se vão os segundos,
Segredo,
Desejos tão profundos.

Quem dera a indecisão,
Não tomasse tanto tempo,
Quem dera o coração,
Não ter tanto sentimento.

Mas pergunta me, a mente,
Para desespero da razão,
Se fosse eu tão diferente,
Seria eu, acaso eu então?

Mudança só acontece,
Ponha isto em sua cabeça,
Quando a mente se convence,

Que é preciso que se cresça.

07/10/2014



sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Em partes

Juntou os seus pedaços,
Do último tiroteio de palavras,
Seus nervos são cordas de aços,
Mas não sobrou quase nada.

Refez os rumos, buscou um tema,
Calado como o mundo e o passado,
Viver ou estar vivo, eis o dilema,
Engana se quem pensa, que está calado.

Em partes, soltas pelo ar,
O tempo não para de seguir,
E quem não quiser sonhar,
Não lhe peça para não sorrir.

Em partes cada coisa a seu tempo.
O ontem já se foi, tentou presente estar,
Revendo os dias e cada momento,
Pra não deixar de andar, caminhar.

Cada parte se refez de cinzas,
Num ato de brilho, momentos,
Todo vento parte de brisas,
Viver não deve se fazer de tormentos.

Em partes, o amanhã renasce,
Com cada nascer do sol,
E quando zerar esta fase,
Haverá um Bônus maior.

Em frente, sem marchas de prisão,
Que seja o pensamento solto,
Que seja sem limites o coração,

E que reviva, cada bom sonho já morto.

03/10/2014



terça-feira, 30 de setembro de 2014

Por um fio

Por um fio, a vida passa,
E pela tela sem cortina,
O teatro, o som, a praça,
Quase nem mais se ilumina.

Já não vejo,
Nesse vazio,
Abraço e beijo,
Em texto sem fio.

Por um fio,
De fones de ouvidos,
Passa o frio,
E sonhos perdidos.

Por um fio os sentimentos,
Triste, alegre, amor musical,
Tanto faz, não há momentos,
Nem sei se estás bem ou mal.

Já não te ouço,
Nestes tormentos,
Num calabouço,
De desatentos.

Por um fio,
De fones de ouvidos,
Passa o frio,
E sonhos perdidos.

E por um fio eu sinto o futuro,
Me toca o medo deste tema,
Por um fio esquecer de tudo,
No meu fone assisto ao cinema.

Falar sozinho,
Para uma multidão,
Sentir vazio,
Em Meio a um milhão.


Por um fio,
De fones de ouvidos,
Passa o frio,
E sonhos perdidos.


30/09/2014