quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Inocência condenada

Eu não sei, eu não fiz nada,
Ate então era inocente,
Na Inocência já condenada,
Mais um erro indecente.
Mas Inverteram os papeis,
Pra soltar quem errou,
Condenaram todos os fieis,
Pra libertar quem faz terror.

Enquanto a estranha madrugada,
Esconde segredos pelas ruas,
Toda Inocência é condenada,
Por não sair despida e nua.
Eu não sei, eu não fiz nada,
Ate então era inocente,
Na Inocência já condenada,
Mais um erro indecente.

Mas onde esta o nobre réu,
Que tudo faz, mas sem querer,
Foi comprar sua vaga no céu,
E condenar a mim e você.
Porque desperdiçamos a vida,
Prazer, perdemos no respeito,
Toda Inocência, esta perdida,
Afinal errar é um direito.

Eu não sei, eu não fiz nada,
Ate então era inocente,
Na Inocência já condenada,
Mais um erro indecente.
Onde essa tal justiça?
Miseramente deslocada,
Teria aderido a preguiça?
Ou desvirtuada e drogada.

Então a ordem e progresso,
Esse gigante sem noção,
Não tem destino, nem regresso,
Condenado a própria mão.
Eu não sei, eu não fiz nada,
Ate então era inocente,
Na Inocência já condenada,
Mais um erro indecente.

Eu não sei, eu não fiz nada,
Ate então era inocente,
Minha culpa é mão atada
E um triste rosto, sorridente.

16/10/2013


terça-feira, 15 de outubro de 2013

Perfeitamente

Começa aqui e agora,
Nesta noite a Eternidade,
E só tu, no mundo afora,
De seu mundo, verás a verdade.

No eterno céu, brilha a lua,
E se entrelaçam os desejos,
Perfeitamente a pele nua,
Tanto anseia doces Beijos.

É só um sonho, salvar o mundo,
O heroísmo de um olhar,
Passa o tempo, em um segundo,
E já não sei o que pensar.

Perfeitamente imperfeitos,
Os meus sonhos vão morrer,
Sei que todos têm defeitos,
Quem dirá o que é melhor fazer?

No olhar a alma aberta, Carinho,
Deixa a lagrima, um traço,
Estou cansado, dormir sozinho,
Queria ao menos um abraço.

Perfeitamente, ninguém,
Vai ouvir esse desejo,
Falam ao vento, olhos de quem,
Esqueceu o que é um beijo.

Perfeitamente tudo passa,
Ou tudo jamais vira canção,
Perdidas, se vão todas as palavras,
Dentro de um frio Coração.

15/10/2013


quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Soneto das Almas

Levantai vossos esqueletos,
Vós que chafurdais poeira,
Não se digna, quem esgueira,
Em versos, Prosa ou Soneto.

N'lamentes morte em vida,
Nem adoreis a Anúbis,
Ou ajoelhe se a Osíris,
Se a Paz ainda é pretendida.

Conjura o poder de Atenas,
Veste de Hércules, a força,
Buscaras no Soneto das Almas.

Pra teus delírios, as curas,
Quebra o medo qual louça,
E vitórias terás c' Branduras.

10/10/2013


quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Conto Sem Fadas

Pra quem acredita,
Meu mundo sempre teve,
Magias, magia bendita,
Em tudo que não se prevê.

Não nos games e redes
Nem menos ainda,
Nos programas das TVs.
E aquilo que um dia se finda.

Pessoas perdem a fé em si,
Esquecem palavras mágicas,
Trocam o simples sorrir,
Por dinheiro e mais praticas.

Minha infância não foi Poesia,
Mas aprendi o poder do Obrigado,
De um com licença a magia,
E o valor de tentar ser Educado.

O mundo precisa desta energia,
Precisam sorrir as crianças,
Pra que não esqueçam, um dia,
Que existiram boas lembranças.

É preciso ensinar a sonhar,
Matar esse medo, essa Ânsia,
Pra poder plenamente usar,
As magias perdidas da infância.

09/10/2013