terça-feira, 26 de março de 2013

Ensaio sobre o Orgulho

Maldita a mente,
Que se acha perfeita,
Que arrogantemente,
Prega só sua direita.

Domina as situações por si,
Acha não precisar de ninguém,
Pensa saber o que há de vir,
Espera que todos digam amém.

Imagina ser centro do mundo,
Que advinha seus pensamentos,
Que seu pensar é profundo,
Achar que domina os momentos.

Bendita a mente que Duvida,
Que, de refletir, é capaz,
Questiona as, máximas da vida,
E busca saber sempre mais.

Não se prende em si, porém,
Busca conciliar Fé e Razão,
Pensa ao dar o seu Amém,
E tem paciência no coração.

Mais abençoado ainda é sempre,
O que a aprender se dispõe,
Forma em si firme corrente,
E seus fundamentos compõe.

Ao falar, guarda humildade,
Mostra ao viver, Exemplos
Ao se afastar deixa saudade,
Grava suas razões em momentos.

Não faz de si orgulho próprio,
Mas aos que cerca deixa felizes,
Pois leva o sorriso do alto,
E enfrenta paciente as crises.

Se faz de guia, um cego,
Fala do que nem entende,
Se acha mestre, Alter ego,
E teses infundadas defende.

26/03/2013



segunda-feira, 25 de março de 2013

SenTimento

Na plebe perdido,
Num grito de morte,
Apenas cavalheiro,
Entregue a sua sorte.

Num chess infinito,
Apenas um peão,
Mais um anjo caído,
Aqui jaz o coração.

Mas o sentimento,
Que você tanto deseja,
Não só um momento,
Escravo da Cerveja.

A doce euforia,
Tanta mediocridade,
Resumir o amor guia,
A um Eros da sociedade.

Nem parece o que é,
Mas como poder sentir,
Se se compra até a fé,
Estão vendendo o sorrir.

E quem tinha Cem,
Passou pela Ilusão,
E agora já vive sem,
Mas viver n' foi em vão.

Até as rimas da vida vertem,
Quando tomam movimento,
Até elas se empobrecem,
Rima pobre é o sentimento.

E se me faltam direções,
Kerigma é necessário,
Para encher os corações,
Do amor Caritas diário.

Seguir a direção da paz,
Refinar o sentimento,
Fazer da vida o que apraz,
E Viver cada Momento.



terça-feira, 19 de março de 2013

Artesão

No alto divinas mãos,
Esculpem um mundo,
Fixadas em corações,
E felicidade desenhando.

Destas mãos divinas,
Ecoam versos vividos,
Sonhos, prados e campinas,
Criados a imagem de paraísos.

Acaso há maior beleza,
Qual barro que faz brotar
A arte da Natureza,
E tudo que dela ecoar.

Mãos calejadas tecem arte,
Criando de tudo algo novo,
Artesão tem nas mãos em parte,
A arte e cultura de um povo.

Do barro fazem a vida,
Do sonho faz canção,
E de um dia Divinização,
Pois Deus também é artesão.

Felicidades a quem experimenta,
A todos que fazem criação,
De sua mão faz ferramenta,
Da Mais Pura idealização.

Faça-se a paz em uma voz,
E a paz se fez por Canção,
Dos Céus ouviu se Amor após,
Deus Criar a mente do Artesão.

19/03/2013 31/01/2020


segunda-feira, 18 de março de 2013

Reascender

Certo dia umas palavras,
Desceram lá do alto,
Acenderam novas chamas,
Conjugando um novo fato.

E cresceu em graça a chama,
A sabedoria se expandiu,
Chegou aos olhos de Roma,
Altos poderes o ser atingiu.

Olhou para os apagados,
Deixando brilhantes lições,
E iluminou seus passados,
Aqueceu muitos corações.

Mas qual toda chama brilhante,
E sua insistência que teima,
Constatou-se no poder gigante,
Que toda chama arde e queima.

Chama de visão serena,
Que sabia seu destino,
Deixando-se ser pequena,
Crescendo de um menino.

Aceitando o ardor da chama,
Que apagar queriam então,
Professou a fé que inflama,
Questões na alma e coração.

Nem mesmo o beijo traidor,
Nem a lança atravessada,
Puderam apagar seu ardor,
Chama que se espalha na terra.

No tríduo dos dias escuros,
Cerraram o brilho do corpo,
Mas o poder destes muros,
Caíram perante, da alma o fogo.

Transcendendo em festa e Paz,
O reacender da chama da vida,
Uma nova Páscoa que se refaz,
Em cada coração que acredita.

Flores, coelhos, chocolates,
Não confundem o coração,
Mas complementam em partes,
A festa da ressurreição.

18/03/2013