quinta-feira, 7 de março de 2013

Quase Meia Noite


Ares negros,  forca  obscura,
Você acha que não foi  perfeito,
Você acha que não tem cura,
Mas olhe seu relógio direito.



Se esvaindo mais um dia,
Perfeição não e só a  flor,
Sem a roseira a poesia,
Delírio do poeta é o amor.



O tapete real no contexto,
Não te fará reinar sobre nada,
Mas a realidade não e um texto,
Sem virgulas, pontos, parada.



Desperta o olhar sem enfeite,
Pronto, ele montara o enredo,
Mesmo que a estrada se estreite,
Menor se fará todo o medo.



Mas, já é quase amanhã,
O tempo conta as horas,
Pra manter a mente sã,
Não se perca, entre agoras.



Quase meia noite, 
Batem os ponteiro,
Dói qual triste acoite,
Não viver por inteiro.



Tantos olhares que nem vi,
Desperdício de mais um dia,
Tantas palavras nem ouvi,
Quanta chances se ter alegria.



Puros ares,  forca  da Vida,
Nova chance pra perfeicão,
Hora de buscar outra saída,
Novo animo pro coracão.



Você nem viu olhe os ponteiros,
Já começa outro amanhecer,
Os quase passam tao ligeiro,
Que nem deixa se perceber.



Basta querer, fitar novo olhar,
Basta saber, que nunca e tarde,
Pro peito arder, e recomeçar,
E que sonhar e viver e uma arte.

De Repente

Nasceu o dia sem sol,
De repente me achei,
Entre, castelos e tal,
E tudo estranho achei.

Sonho louco, sem sentido,
Historinha, com uma moral,
Pensamento louco, perdido,
Quase vi bem, o que era o mal.

Me falou um mago branco,
Que a visão do mundo é turva,
Enquanto o bom n'é franco,
Todo mal domina a curva.

Na espreita sem poderes,
Me contou um duende,
Poucos cumprem deveres,
A vida não repreende.

De repente o mundo de perto,
Se torna assim, tão previsível,
Parece ser para o esperto,
Tudo tão, quase indiscutível.

Elfos tocam suas flautas mudas,
E a vida toma outro sentido,
Como as pessoas são surdas,
Contou me um anjo caído.

Acham que podem de tudo,
Pedem apenas as vitórias,
Se esquecem que pelo mundo,
Se passam outras histórias.

Monopólio de desejos soltos,
Das magias e seu efeito,
Se um sonho mata outros,
Eis o pesadelo perfeito.

De repente de outro o sonho,
Finda o rumo teu caminho,
Não deseje mal em teu plano,
Ninguém é feliz sozinho.

07/03/2013



sexta-feira, 1 de março de 2013

Flor perdida

Em meio a uma Negra Luz,
Esplandece em pleno abandono,
Uma beleza que não seduz,
Perdido qual cão sem seu dono.

Flor sem brilho sem destaque,
Comum como o nada e o tudo,
Navio sem destino, embarque,
Flutuante grito quase mudo.

Das cinzas a Fênix rebrota,
Do medo torto, mais profundo,
O sonho supera a revolta,
E sonhar pode mudar o mundo.

Perdida está a flor do respeito?
Condenada por não ter pressa?
E do obrigado, qual o defeito?
Será que não nos interessa?

Sem raízes, perdida flor,
Não morra, chama não apague,
Permita rebrotar o amor,
Que o medo não se consagre

Cultiva o que lhe faz bem,
Replica o bem que lhe faz,
Para erros não diga amem,
E verás a Luz, terá Paz.

Flor da vida repassas, então,
Deixa florir mesmo imperfeita,
Que o tempo renova coração,
E o que for preciso endireita.

01/03/2013


segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Siga o Horizonte

Defina o horizonte,
Na mente e no coração.
O horizonte não existe,
Ele é Variável, Imaginação.

Levante os olhos viaje,
Trace metas sem temer,
Linhas tortas interagem,
A aqueles capazes de crer.

Mudanças são necessárias,
A vida é uma viagem sem volta,
Passagens oferecem várias,
Mas faça da luz, sua escolta.

Flutuam Passado e Futuro,
O que se foi e o que virá,
Se o presente parece duro,
Batalhe firme e tudo fluirá.

Os sonhos são canoas distintas,
Mesmo no mar solitário,
Ao horizonte olhe e não mintas,
Jamais se faca de otário.

Rimas pobres tem origem,
Mesmo sendo elas criticadas,
Falam muito, pouco corrigem,
Verbos são ação das palavras.

Horizonte sol nascente,
Ou o seu ser, por tão singelo,
Doces delírios da mente,
Meros conceitos de "BELO".

25/02/2013