Poucos se lembram do outro,
Quarentena mundo afora,
Se isolando o mundo está, louco.
Como se fossem todos reis,
Decretam distancia dos demais,
Fingem cegueira, fogem as leis,
Escondendo-se em falsa Paz.
Não é apenas uma infecção,
Poderia ser maior que Pandemia.
Este mal que consome o coração,
E deixa qualquer pessoa mais fria.
Nas ruas há corpos vivos,
Que desistiram de ser sociais,
Morando as margens dos ricos,
Vivendo das sobras mais banais.
E tomam conta novos conceitos,
De uma aclamada meritocracia,
Que rótula aos grandes os feitos,
E quem não se iguala se desvia.
Realmente Renato Russo,
"Vivemos em um mundo doente,"
E até quem tenta chorar de bruços,
Já e tratado como só um Demente.
Quem dera se percebesse que a cura,
Só pode ser recebida pela ajuda,
Não dá pra curar a própria loucura,