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domingo, 6 de novembro de 2016

Por Aí Afora


Tenso é cada momento,
Uma coisa de cada vez,
Tudo ao mesmo tempo,
Torna nada tudo que se fez.

Tudo rápido não tem graça,
Tudo às pressas só dá medo,
Demorar demais já é pirraça,
Tenso seria guardar segredo.

Mas o que seria do futuro,
Se o agora fosse momento,
Medo de cada resposta,
Coragem fabricou cada invento.

Ei o que estás fazendo,
Muito e nada de uma vez,
Medo do que está acontecendo,
Medo do que já se desfez.

Isso passa então, resumo,
Se passa já é passageiro,
As palavras não têm prumo,
São apenas um mundo inteiro.

Pouco ou muito isso seria,
Depende do olhar do freguês,
Se despertar cada dia,
Meio mundo é mais que um mês.

Sem sentido o que seria,
Se o que tu sentes é só o Agora
Santo Deus, quanta agonia,
Se vê no mundo por aí afora.

06/11/2016



terça-feira, 13 de outubro de 2015

Limbo

Perdição do Teu ser,
Estar fora de si é o ensejo,
Louco por eterno prazer,
Reencontrando em si desejo.

Limbo, esse reflexo forte,
De uma escura luz, que brilha,
Vida que desfaz a morte,
Olhar que eleva, dor que humilha.

O desejo de ser bem mais,
Mas a falta de força momento,
O sonho, a luz, a guerra e a Paz,
A bonança, a tempestade e tormento.

Limbo esse medo que invade,
Não, isso não irá lhe parar,
Brilha em luz pedras de Jade,
Diamante flor que faz sonhar.

Espírito de dor, afasta sua mão,
Segue a Luz e ela é forte,
Invade o peito e preenche o coração,
Afasta todo temor até da morte.

Limbo teu domínio aqui é nulo,
Espalha flores em todo canto,
Sobre o abismo se salta em pulo,
E o amanhã vem vencer o pranto.

Pronto florir, essa e a meta,
Sementes deixar pelo tempo,
Façam-se coisas concretas,
Seja o amanhã o maior sentimento.

13/10/2015