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quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Rei Tempo

Império das Horas passadas,
Reinado dos minutos perdidos,
Teus súditos morrem com espadas,
Que os cortam com tempos perdidos.

Já não há mais o que passou,
O ontem gladiador já vencido,
Apenas lembrança deixou,
Império de um deus banido.

Aos prantos choram os olhos,
Que veem o amor em túmulos,
Semente perdida em outros solos,
Serão frutos de loucos acúmulos.

Rei e seus decretos mumificados,
Relíquias do que teve valor,
Hoje jaz com os enterrados,
O que até ontem era flor.

Secas pétalas em devaneio,
E o medo que seja o terror real.
Que fins justificam este meio,
Onde o Amor se torna banal?

Sete pétalas de uma rosa,
Magia do reino perdido,
Deixa o poema virar prosa,
Que este feitiço fique Unido.

Ao desejo de toda Criança,
Mesmo Adulta, rei tempo,
Nomeia cavaleira a Lembrança,
Repitam-se cada bom momento.


12/10/2016