Flores sim, delas
eu falei,
E nas ruas quanta
gente,
Sem ver beleza eu
sei,
Sem sorrisos,
Ausente.
Eles riem, mas não amam,
Infelizes em seus
mundos,
Solitários
proclamam,
Em seus prantos
profundos.
O vazio auto cultivado,
Em suas almas
vazias,
Com a solidão lado
a lado,
Se perdem em
planilhas.
Calculando seus medos,
Somatizam o
prejuízo,
Guardado em seus
segredos
Exibem falsos
sorrisos.
Quem são eles então,
Por que tanta gente
perdida,
Onde escondem o
coração,
Por que tanta gente
sofrida.
Multiplica por mil esse povo,
Que duvida até da
sombra,
Mas que repete de
novo,
Tanto erro que
até assombra.
Quanta gente se achando sábio,
Só sabendo que nada
sabe,
Palavras ditas só
com o lábio
Quanta mentira
ainda aí cabe?
Base de Imagem: Operários de Tarsila do Amaral |