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terça-feira, 15 de novembro de 2016

República


Publique-se nos Anais,
Que este não é só um dia,
Registre-se nas formas tais,
Necessárias além da Poesia.

Diga-se de passagem,
Oficialmente sem suspeita,
Que Forças Ocultas interagem,
Interesses se escondem a Espreita.

Que somos apenas peças,
Num xadrez quase sem sentido,
Que sentimos coisas inversas,
Que odiamos todos os partidos.

Quando apenas se decide,
Mudar a ordem de um país,
Sem opção de nenhum revide,
Sem nada que a gente quis.

Publicado nos meios oficiais,
Que Republica agora somos,
Não há mais, menos ou mais,
Por erro d’outrens pagamos.

Forças ocultas mudam o rumo,
Quando querem, deste Estado,
Deixando no estado sem prumo,
Danem se os antes explorados.

Morram os escravizados?
Importa a soberania?
Será que ainda há passados?
Nas Mão de quem os rumos guia?

15/11/2016