Não Sejam ditos os palavrões,
Mas bem que seriam merecidos,
Mas bem que seriam merecidos,
As vozes caladas dos esquecidos,
O medo plantado nos corações.
Os gritos na garganta entalados,
Onde falar levava as prisões,
Onde sonhos eram só ilusões,
Quantos a morte, condenados.
Hoje, sem a voz de canhões,
Uns exaltam tempos passados,
Pedem mãos firmes e grilhões.
Seria mesmo estes tão sagrados,
Ou a garantia sobre as multidões,
De que estorvos seriam calados.
03/08/2021