A mãe das águas reverencia,
Oferendas flores e canções,
Salve, salve a Rainha deste dia.
Como mãe de um povo negro,
Aquela que aos pedidos acolhe,
Mulher em suas dores e segredos,
Mãe que da vida os frutos colhe.
Rainha que vê os aflitos,
E pela oferenda trás a cura,
Orixá negra e branca em conflitos,
Faz do seu rosto ao povo brandura.
Não aceita o desrespeito,
Mulher forte em sua história,
Sem medo exige respeito,
Seu caminho faz em memória.
Como das águas, a força,
Mão alguma pode parar,
Águas seguem qual a Corsa,
Seu calmo fluxo para o mar.
Mãe que acolhe qual Maria,
Dos filhos a dor e sofrimento,
Leva em mãos tal poesia,
Para aliviar qualquer tormento.
Brasil saúda a África,
Em respeito ao povo que faz
E que infundiu com sua pratica,