Mãos calejadas cantam o destino,
Fugindo das dores querendo vencer,
Pouco orgulho de si mesmo a ter,
Laminas ao vento ecoam como sino.
Fugindo das dores querendo vencer,
Pouco orgulho de si mesmo a ter,
Laminas ao vento ecoam como sino.
Tocam a terra cepam a cana por querer,
Ao fim da semana, seu salário tão digno,
O dinheiro que conserta o que esta ruindo,
A simples vontade de poder seguir a viver.
Da Planta que adoça o que vai seguindo,
Do carvão que mancha a roupa deste ser,
Rodas da vida, vidas que se vão fluindo.
Desde o tempo do engenho a se conhecer,
Onde a cana amarga de um doce destino,
Ainda em dias presentes faz sonho florescer.
16/01/2021