Se manifesta do descontente,
Que ao ler uma poesia,
Percebe o quanto ela é ausente.
Daquele que percebe na fala,
O quanto tanto e só enfeite,
Que vê que no farol as balas,
Não são vendidas por aceite.
Que ergue o véu da fama,
E percebe a sujeira no tapete,
Quanto se vende só por grana,
Quanta gente vive carente.
Sabe que o vicio e a droga,
Nem sempre é o próprio desejo,
Enxerga que nem sempre a toga,
É a unica a jugar o mal ensejo.
A mão que se estende é rebeldia,
Pois percebe as falhas do sistema,
Se manifesta como um nova poesia,
Que fala o que precisa sem dilema.
Voluntariando a levanta quem cai,
Buscando que seja justa a vida,
Levando a boa ação por onde vai,
Percebendo que toda alma é querida.
As panelas manifestam mais se cheias,
A voz é mais forte se não tiver fome,
Sem visitas aos filhos pelas cadeias,
Na manifestação social, miséria some.
07/07/2020