Mesmo assim sabe plenamente,
Nem sempre o que se pede vai vir,
E nem toda linguagem acerta a mente.
Nem sempre se ouve,
Os brados retumbantes,
De tudo que já houve,
E de tantos instantes.
É certo que um gesto,
Fala mais que palavras mil,
Em um contexto indigesto,
De um povo que se diz varonil.
Quem já de ouvir o chamado,
Daqueles que não podem falar,
Como por igual sera tratado,
Se não ensinarem a se expressar.
Duras batalhas a travar,
Para que possam ser ouvidos,
Mesmos mudos possam falar,
E ouvirem em seu mundo os surdos.
Tem se muito a aprender,
Quem sabe em breve tudo muda,
E Talvez todos cegos possam ver,
Que nem sempre há quem acuda.
Mas que quem tem ouvidos pode ouvir,
E quem tem voz pode com grito mudar,
O destino de tantos que não podem pedir,
E ser o ouvido de muitos que querem falar.