Sou o chapeleiro maluco,
De tanto acreditar no que dizem,
Acabaram por me vestir de louco,
Sou a imaginação mesmo que brisem.
Eu de tanto deixar as cabeças belas,
Da Rainha ouço que cortem a minha,
De tanto abrir as portas das Celas,
Acabei preso por ordem da Rainha.
Sou a sua ideia aquela perdida,
Que coloquei na minha mente,
Vesti tantos chapéus pela vida,
Vi com outros olhos o que se sente.
Sou na loucura a lucidez de Alice,
O conselho mais sóbrio da imaginação,
Um escape de todo disse me disse,
O medo de acabar perdido na alienação.
O Poeta e o poema par perfeito,
Sou palavra e rima em uma sopa,
Onde as letras tomam forma de leito,
La se deitam os que se despem da roupa.
Mostrando a nudez de suas mentes,
Cada ser tem em si um de mim um pouco,
Sou o chapéu que protege o que sentes,
Sou as ideias que te definem como louco.
Senhor da sua própria criação,
Uma ideia na mente virando verso,
Sou o louco poder da imaginação,
Sou a loucura que molda teu universo.
01/07/2020
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