O sonho o medo e o desejo,
Sonhe quem quiser sonhar,
Ou fique ouvindo sertanejo.
Casas, cores e contrastes,
Tudo posto em molduras,
A vida fixada em hastes,
Exposição de loucuras.
Ninguem sabem bem,
O que foi o que ou será,
Enquanto uns dizem amem,
Outros seguem a duvidar.
A sanidade enlouquece,
Quem tenta ela entender,
Foram tantos e se esquece,
A vida não da pra escrever.
Nas linhas tortas da vida,
Só Deus pra escrever reto,
O resto se perde. Oh querida!
Entre mansões, outros sem teto.
Sem segredo eis a verdade,
De perto nem o normal é normal.
O mundo vive na anormalidade,
Cobrando o retorno de algo fatal.
Como compreender ao juízo,
Se nem que ele fosse Finalidade,
Impossível é voltar ao paraíso,
Aqui se vive em loucas sanidades.
15/07/2020
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