Alva flor de nobres jardins,
Simbolo de rebelde natureza,
Em verdes terras Tupiniquins.
Antes do romper dos grilhões,
Entre correntes de pensamento,
Nas lutas contra as Escravidões,
Das tristes mentes e do momento.
Uma Flor Branca de negra raiz,
Fruto do trabalho e da terra,
Invadia um Brasil que então quis,
Declarar a sua indecência uma guerra.
Das mãos de um mulher a caneta
Em tempo que pouco se ouvia,
Um ato faz soar uma trombeta,
De liberdade ao negro com alegria.
Alvas flores quanto serviram,
Para declarar e unir pensamento,
Brancas Camélias Anunciavam,
O partilhar de humano sentimento.
Quanto se fez de sacrifício,
E o quanto se usa da ignorância,
Para escrever de bom o maleficio,
Qual o oficio da injusta ganância.
Há homem que justifica seu erro,
Diz ser superior ou raça pura
E ha quem defenda o preconceito,
Será que foi abolida a escravatura?
13/05/2020
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